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Ex-prefeito de Mariana aparece como se fosse assombração em Ouro Preto

Duarte Júnior / Foto: Divulgação

 

O lançamento, em maio, da pré-candidatura do avaliado como um forasteiro Duarte Júnior à Prefeitura de Ouro Preto, provocou susto e desconfiança na comunidade ouro-pretana. O evento já suscitou vários áudios na internet com as pessoas agradecendo a Deus pelo “prefeito itinerante” estar tentando agora pôr as mãos em Ouro Preto e “deixando os marianenses em paz”.

Por certo, e, mediante uma avaliação mais ampla, constata-se que o povo da cidade patrimônio mundial tampouco merece viver assombrado por fantasmas como os que apavoram os vizinhos há tempos. Tamanha ficha suja muito provavelmente tira do forasteiro qualquer condição legal de viabilizar a candidatura.

Ainda que, por força de artimanhas jurídicas, conseguisse concorrer e certamente isso gera apavoramento ao eleitor local, e, mais ainda, se ele fosse eleito, dificilmente completaria o mandato, mergulhando Ouro Preto no turbilhão de insegurança que roubou o sono da Primaz de Minas. Colecionando condenações que cassaram seus direitos políticos por fraude em concurso público, improbidade administrativa, desvio de material de construção e indícios de compra de votos, Du de Mariana ainda enfrenta acusações pesadas por parte do empresário marianense Jorge Moreira Egito.

Em notícia-crime de 2021, o empresário denuncia uma cesta cheia de ilícitos: falsidade ideológica, uso de “laranja” em empresa de turismo, ocultação de bens e valores, aplicação financeira de recursos de origem duvidosa (mais de R$ 600 mil), e ainda revela que foi avisado de que sua morte teria sido encomendada por Du de Mariana, para o que o mercado do crime chama de “queima de arquivo”. Mensagens de texto e áudios comprometedores foram juntados ao processo pelo denunciante.

Em uma delas, o considerado “laranja” do forasteiro na empresa Indaiá Turismo e Transportes Ltda., Anderson Guimarães, menciona R$ 500 mil em dinheiro vivo, guardados na casa do ex-prefeito, e diz a Egito: “Você pega o dinheiro com ele e deposita para você”.

Fato registrado em contrato de prestação de serviços de intermediações financeiras é a aplicação, pela empresa de turismo, de mais de R$ 1,5 milhão em menos de três meses, de 17 de dezembro de 2020 a 2 de março de 2021. Imagina Ouro Preto ser vítima desse roteiro macabro!