Queimadas, ciclones, tufões, terremotos, vulcões, nevascas, tsunamis, enchentes, são ocorrências climáticas que assustam. Cada vez mais os danos humanos, sociais e econômicos se manifestam em todo mundo. Cenas inimagináveis se repetem e a moderna tecnologia as registra e dissemina pela terra.
Nosso país abençoado por Deus é imune a terremotos, vulcões e nevascas, mas outros fenômenos têm se manifestado com mais frequência. É verdade que a urbanização tem sua parcela de responsabilidade, o que torna a prevenção mais urgente; os danos humanos com perdas de vidas; os danos sociais com aumento da desigualdade; os danos econômicos que afetam o crescimento do país e trazem riscos crescentes de inflação, desemprego e violência não podem ser subestimados.
Por outro lado, o mau uso das tecnologias deve ser combatido com firmeza, pois os danos dos crimes cibernéticos, das fake news são fortes, extremamente prejudiciais, especialmente em momento de crise como vive o Estado do Rio Grande do Sul. Os prefeitos das cidades atingidas, o governador Eduardo Leite e o Presidente Lula estão atentos e atuando, reconheça-se.
Erros foram cometidos? Certamente. Muito ainda pode ser feito? Certamente. A população tem mostrado sua solidariedade e a mídia tem mostrado os danos e as alternativas. Onde estão os abusos? Nas redes sociais. Isto significa pedir censura? Certamente, não. Significa pedir e cobrar responsabilidade. Exemplos de catástrofes anteriores temos em grande número, mas soluções também.
Aqui em Belo Horizonte, tivemos enchentes e mortes no Ribeirão Arrudas em 1979. Desalojados foram instalados em Morro Alto, novo bairro criado pelo então prefeito Maurício Campos e as casas entregues já com o governador Ozanam Coelho. A canalização do Arrudas com seu alargamento teve início e a atenção de Hélio Garcia com o Prosan, financiamento internacional; a expansão na Avenida Tereza Cristina e na outra ponta no Bairro Esplanada aconteceu no meu período sucedendo Pimenta da Veiga na prefeitura e 4 anos depois no governo do Estado; a cobertura que resultou no Boulevard Arrudas foi no governo Aécio Neves; Marcio Lacerda refez toda a base do canal na região do Calafate; Kalil e Fuad construíram bacias de contenção.
Qual o segredo, portanto? O segredo foi a continuidade. Sucederam-se governos, mas o projeto permaneceu. Relembro e faço aqui uma homenagem ao engenheiro Roberto Gutierrez, já falecido, um entusiasta da solução do saneamento da Bacia do Arrudas e nele relembro todos os operários e técnicos que evitaram novas mortes e novos danos nesta região da cidade.
Deixemos de lado as divergências ideológicas que se exacerbaram nos últimos anos e procuremos através da solidariedade ajudar uns aos outros. O Brasil precisa e merece!