No segundo semestre, o tema relacionado à sucessão em diversos municípios mineiros irá ocupar espaço na imprensa, por conta das pré-candidaturas em cidades estratégicas.
Em Pará de Minas, no Centro-Oeste, a peleja tende a envolver nomes de peso, como o ex-deputado federal Eduardo Barbosa (PSDB) e Antônio Júlio (Republicanos). Este último já foi prefeito por três mandatos, deputado de várias legislaturas, inclusive presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).
Por fim, está sendo aventada a possibilidade do ex-prefeito e ex-deputado, Inácio Franco (PV), aceitar o desafio de colocar o seu nome para avaliar sua popularidade no pleito do próximo ano.
Belo Horizonte e Montes Claros
O meandro político da capital foi surpreendido com a especulação sobre uma possível candidatura do deputado federal Newton Cardoso Júnior, atual presidente do MDB mineiro, à Prefeitura de Belo Horizonte. Vale registrar que o parlamentar não tem presença eleitoral em BH. O histórico de sua família tem tudo a ver com o município de Contagem. Seu pai, Newton Cardoso, foi prefeito de lá por diversas vezes, chegando depois ao governo de Minas. O nome de Newtinho, como é popularmente conhecido, não teria prestígio em regiões mais populares da cidade, especialmente nas comunidades.
Eis um retrato da situação de BH, no momento, para a sucessão municipal do ano vindouro. Destacam-se o prefeito Fuad Noman (PSD), Gabriel Azevedo, Bruno Engler (PL), Duda Salabert (PDT), Reginaldo Lopes (PT), o deputado estadual Mauro Tramonte (Republicanos) e o senador Carlos Viana (Podemos).
A propagação do tópico relacionado à sucessão de 2024 é intensa também em outras cidades do estado. Em Uberlândia, o prefeito Odelmo Leão (PP) tem um prestígio que seria capaz de influenciar uma possível eleição de um afilhado político seu. Por conta disso, existem nomes na fila, visando conquistar o apoio dele, inclusive o deputado estadual Leonídio Bouça (PSDB).
Outro nome com possibilidade de transferir votos é o do atual prefeito de Montes Claros, Humberto Souto (Cidadania). Ele, já ocupando o segundo mandato, e em consequência desta realidade, não tem mais espaço na lei para continuar no poder. Agora, seu espólio político é disputado palmo a palmo. Em Belo Horizonte, cogita-se sobre a intenção do veterano deputado Gil Pereira (PSD) se embrenhar na peleja montes-clarense no ano vindouro.
Em Ipatinga, capital do Vale do Aço, é certa a recandidatura do atual prefeito, Gustavo Nunes (PL), um dos mais jovens titulares municipais do país. Contudo, informações procedentes de Brasília apontam a pretensão do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), em tentar influenciar no pleito local. O ministro é político com expressiva militância inserida naquela desenvolvida região do estado.