Em Minas Gerais, berço da democracia brasileira, por onde já passaram grandes nomes da política, como JK, Tancredo Neves, Milton Campos e outros tantos, nenhum homem público é escolhido a posição relevante sem a devida benção da população, além da indispensável capacidade intelectual, moral e de civismo.
Ao expor esses predicados, chega-se à recente histórica sessão plenária do Parlamento Mineiro que elegeu a nova Mesa Diretora da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), cujo destaque foi a opção pelo nome de Tadeu Martins Leite (MDB), ao cargo de presidente da Casa.
E o que se pode dizer de uma carreira pública meteórica é que o novo presidente, de 36 anos, conquistou na eleição do final do ano a marca de 96.862 votos. Nesta quarta legislatura houve um crescimento exponencial de votos. Os números galgaram a trilha do crescimento nas seguidas reeleições como deputado e ele chegou à Casa em 2010, com
apenas 24 anos à época.
Uma estrela da política mineira
Reverberando o sentimento de muitas lideranças políticas mineiras, o ex-governador Alberto Pinto Coelho disse logo após a escolha de Tadeu à presidência: “pode estar nascendo uma nova liderança no cenário político do estado, com um jovem que depois de passar quatro anos como primeiro- secretário da ALMG, se tornou um presidente com louvor, unindo todas as correntes de pensamento no âmbito do legislativo. Tadeu pode ser avaliado com uma espécie de estrela a brilhar no solo do terreno fértil da vida pública de Minas Gerais.
Nova Mesa Diretora
A Mesa Diretora da ALMG é responsável pela direção dos trabalhos Legislativos. Ela funciona como uma comissão, com sete integrantes: presidente, 1º vice-presidente, 2º vice-presidente, 3º vice-presidente, 1º secretário, 2º secretário e 3º secretário.
Leninha (PT), eleita para a 1ª vice-presidência, é a primeira mulher a ocupar um cargo na Mesa, desde a 13ª legislatura. Natural de Montes Claros, ela tem 58 anos e é graduada em Ciências Biológicas e mestre em Desenvolvimento Social pela Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes). Foi professora nas redes estadual e municipal e atualmente trabalha nos movimentos sociais e pastorais. Em 2019, teve seu primeiro mandato na ALMG e em 2022 foi eleita com 65.864 votos.
Os 2º e 3º vice-presidentes eleitos foram, respectivamente, Duarte Bechir (PSD), natural de Cristais, 65 anos. Em 2009, ele assumiu a função de deputado estadual, após exercer a primeira suplência do PMN, no pleito de 2006, desde então, foi reeleito para mais três mandatos. E Betinho Pinto Coelho (PV), de Belo Horizonte, 47 anos, é filho do ex-governador Alberto Pinto Coelho, que foi deputado estadual por 16 anos.
Betinho assumiu seu primeiro mandato em 2019. Já o 1º secretário eleito, Antônio Carlos Arantes (PL), natural de Jacuí, tem 62 anos, foi prefeito dessa cidade por três mandatos e eleito para 1º vice-presidente da Assembleia no biênio 2019/2020 e reeleito para o biênio 2021/2022. Em legislaturas anteriores, exerceu a presidência de comissões do setor produtivo como a de Agropecuária e Agroindústria e a de Desenvolvimento Econômico. Em 2022, recebeu 119.686 votos.
E ainda tem o 2º e 3º secretários que são, respectivamente, Alencar da Silveira Jr. (PDT), natural de Sete Lagoas, 61 anos, iniciou sua carreira política em 1988, sendo eleito o vereador mais jovem da Câmara de Belo Horizonte naquela legislatura. E o João Vítor Xavier (Cidadania), de Belo Horizonte, 40 anos, reeleito para o seu quarto mandato consecutivo de Deputado Estadual, em 2022.
Funções da Mesa
Os vice-presidentes do Legislativo têm o papel de substituir o presidente, em caso de falta, de acordo com a ordem da numeração. Já o 1º secretário é responsável por fiscalizar os trabalhos e as despesas da secretaria da Assembleia; faz leitura de ofícios e proposições e a conferência do quórum durante as reuniões; assina, depois do presidente, proposições e leis que forem promulgadas na Casa.
E por último, o segundo e terceiro secretários substituem o 1° secretário, de acordo com a ordem da numeração. Além disso, os membros da mesa não podem ser indicados a lideranças de bancadas ou de blocos parlamentares; fazer parte de comissões permanentes, especiais ou de inquérito parlamentar; e ser presidente ou relator de comissões extraordinárias.