“Em política, não há aposentadoria compulsória. Assim, se for para contribuir com Minas ou com o país, a fim de debater sobre o Brasil real e visando a contenção da inflação e a diminuição deste fosso social, os mineiros e brasileiros podem contar comigo”. Essa afirmação exclusiva ao Edição é do ex-governador Alberto Pinto Coelho.
Alberto já foi deputado estadual por vários mandatos, presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), vice-governador e governador por um ano e nove meses. Atualmente, ele está sem filiação partidária, mas, agora, com o avanço da vacinação contra a COVID-19 e a queda no número de infectados com o vírus, se diz pronto para novas tarefas, inclusive seu retorno à vida pública, claro se isso for de interesse da população. Alberto é considerado um homem público de diálogo franco.
Ex-governadores em ação
Relativamente ao ex-governador Fernando Pimentel (PT), todas as informações disponíveis apontam para uma possível candidatura dele à Câmara Federal. Além de ter comandado o estado, Pimentel foi vice-prefeito e prefeito de Belo Horizonte e deixou o posto com imensa popularidade, especialmente por conta de seus projetos nas periferias. Segundo os matemáticos da política mineira, o seu potencial de retorno é uma realidade, devendo ser um dos parlamentares mais votados do PT no próximo ano.
Ainda sem ligação partidária formal, o ex-governador Eduardo Azeredo, de acordo com pessoas próximas a ele, tem sido sondado por diversas siglas para assinar a sua ficha de filiação, mas, por enquanto, apenas analisa os cenários. Nos bastidores, a insinuação indica que caso decida voltar à vida pública, seria por meio do pleito no Congresso Nacional como candidato a deputado federal.
Quem vive um impasse é o senador Antonio Anastasia (PSD). Ex-governador, ele terá o seu mandato no Senado encerrado no fim de 2022 e, há cerca de 2 meses, se declarou candidato à reeleição. No entanto, outro representante do seu partido, Alexandre Silveira, também resolveu colocar o seu nome à disposição da Casa Alta e, inclusive, começou a fazer viagens pelo interior, dialogando com lideranças políticas sobre o tema. E, para piorar, as chances de Anastasia ser indicado para membro de alguma Corte da Justiça em Brasília foram só diminuindo. Em verdade, se trata de um bom técnico, professor de elevada qualificação, mas sem muita articulação política. Contudo, como consolo, amigos sinalizam uma possível ida dele para o Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCEMG).
Quanto a outro ex-governador, o tucano Aécio Neves, parece que tudo está resolvido. Ele deverá, efetivamente, tentar mais uma reeleição para a Câmara Federal, aliás, com apoio do Palácio do Planalto. Presidente da Comissão de Relações Exteriores, o mineiro tem acesso permanente ao presidente da República, Jair Bolsonaro, e isso tem ofertado uma sobrevida política a ele. Os entendidos no assunto calculam que sua continuidade como parlamentar é uma realidade factível.