Enquanto em Brasília os representantes dos três poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário batem cabeça, a situação é bem diferente em Minas. “O caminho dos mineiros tem sido do diálogo, visando buscar orientação proativa para os temas complexos que estamos presenciando, porém, isso não impede a discussão das demandas de origens diversificadas. Todas elas são analisadas com um elevado grau de responsabilidade para que haja encaminhamento das soluções possíveis a partir de cada pleito”, disse recentemente o presidente do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), desembargador Nelson Missias.
Ao longo dos últimos 80 dias, quando as notícias relativas à COVID-19 tomaram conta da imprensa, tem havido encontros e troca de opiniões constantes entre o governador de Minas, Romeu Zema (Novo), o presidente do TJMG, Nelson Missias, e o presidente da Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais (ALMG), deputado Agostinho Patrus (PV). Todos eles atuam no sentido de garantir ações de enfrentamento à pandemia. “Precisamos ter prudência para saber como agir diante de uma situação tão inusitada com esta. Com apoio dos demais poderes, vamos buscar as melhores alternativas para atender a população de nosso estado”, comentou Zema. Aliás, o governador está de olho em dois polos: salvar vidas e a retomada das atividades econômicas.
ALMG na linha de frente
Desde o começo da crise sanitária, a ALMG adotou seu estilo próprio para conter a propagação do vírus. Começou promovendo o distanciamento social interno, exigindo que seus deputados e grande parte dos funcionários trabalhassem remotamente. Segundo o primeiro- -secretário da Casa, deputado Tadeu Martins Leite (MDB), a implementação das votações à distância funcionou a contento para medidas emergenciais, especialmente assuntos relacionados à COVID-19. “Foram aprovados projetos e decretos do governo do estado e das prefeituras, assim como outras ações necessárias ao bom desempenho das atividades e para minimizar os efeitos do coronavírus em diversas regiões de Minas”, avaliou o parlamentar.
Depois de ouvir o Colégio de Líderes na semana passada, o deputado Agostinho Patrus autorizou o início das reuniões remotas também para as Comissões Temáticas, pois em sua avaliação, apesar das dificuldades do momento, a Casa precisa dar continuidade aos atos em favor da população, discutindo as questões mais urgentes de diferentes regiões do estado.
Este modelo de priorizar o trabalho home office, além de ter garantido o distanciamento dos funcionários, ocasionou uma série de benefícios à manutenção da ALMG. Segundo levantamento da imprensa, divulgado semana passada, foram economizados algo em torno de R$ 20 milhões no primeiro mês de funcionamento remoto. Isso se deve ao corte de muitas despesas básicas, especialmente em relação a diárias de viagens, eventos no interior do estado, custeio administrativo, entre outros itens.