Home > Artigo > A nova fronteira do poder

A nova fronteira do poder

Na história da humanidade é visível o quanto fez, e faz, diferença entre os povos, do poder conquistado através do conhecimento e da informação. Desde o tempo das cavernas, passando pela idade do ferro, era medieval, renascença, tempos modernos, os detentores da tecnologia e informação superaram e venceram seus adversários.

Nossas conquistas recentes, do poder, têm sido marcadas pela supremacia bélica, pelas pesquisas nucleares, inventos de armas teleguiadas, drones e um sem fim de artefatos de destruição. Assim era. Um novo cenário está para acontecer em breve, não mais que 1 a 2 anos, com a chegada da inteligência artificial, objeto da feroz disputa entre as nações que lideram o mundo das pesquisas e da busca do domínio sobre a terra.

Sua aplicação se dará em todas as áreas das atividades humanas, saúde, economia, educação, sociologia, guerras, lazer, comunicação, artes, música, esportes e tudo mais que nos afeta. As novas guerras não serão de destruição, morte ou genocídios. Serão do domínio da economia, poder sobre a mente, conhecimento tecnológico, influência nas decisões da população, inclusive eleições supostamente democráticas, que comandarão os povos tidos como adversários ou inimigos. Os computadores, com poderes de análise de dados e desenvolvimento da inteligência, baseados nas reações humanas, darão aos seus detentores todas as formas, põe formas nisto, para ações de domínio sobre os “outros”. Vejamos as divisões estratégicas, atuais, postas em prática pelos países mais poderosos para vencer e conquistar esta nova fronteira.

A China, o grande e revigorado dragão da economia mundial, investe fortemente na formação de técnicos e laboratórios, buscando a chamada tecnologia aberta e acessível. Sua DeepSeek é uma inteligência artificial que processa e analisa grandes volumes de dados, com capacidade de realizar tarefas complexas, mais eficiente e de custo reduzido em comparação com os modelos similares do mercado. Cria cronogramas, define metas e prioriza tarefas, é capaz de mostrar ao usuário como está pensando para elaborar respostas. É de acesso gratuito, o que a faz grande pesquisadora de informações e cadastro. Esta é sua parte visível e, naturalmente, suas outras aplicações são segredo de estado.

Os Estados Unidos, através de empresas privadas como a Google, Microsoft, Anthropic, Open AI, Meta e Apple desenvolvem suas plataformas de inteligência artificial de forma independente, no entanto, proibidas de criarem patente sobre seus produtos, segundo legislação do tempo do presidente Joe Biden. Com Trump no poder, pode haver mudanças na legislação, tendo em sua posse reunido empresários do setor e anunciado o financiamento de 500 bilhões de dólares para aplicação no desenvolvimento e pesquisas da ferramenta. A Europa também adota o projeto de forma privada e independente, com a França se destacando entre os países. O Reino Unido assinou acordo com os americanos para serem parceiros nas pesquisas e desenvolvimento.

O Brasil, apesar de ser um dos maiores usuários de inteligência artificial no mundo, não tem destaque como criador, pesquisador ou incentivo de estado para a construção de sua própria inteligência artificial de grande porte. Cabe aos pequenos empresários toda iniciativa de pesquisa e desenvolvimento.