Terminado o período de convenções partidárias, agora já não existem mais as denominadas pré-candidaturas. A partir de agora, o jogo em relação ao pleito municipal de 2024, começa a ser jogado de maneira profissional e quem não é do ramo, mas mesmo assim insiste em se colocar como candidato, termina ficando em desvantagem. Uma realidade será levada a efeito: apenas o denominado viés ideológico não será capaz de definir o resultado da eleição.
Neste sentido, a radicalização entre direita e esquerda será menos importante do que outros predicados, como ficha limpa e sem máculas. Por outro lado, os discursos dos disputantes devem revelar suas propostas reais com o objetivo de resolver os problemas das cidades. Enfim, o cenário atual não é nada semelhante ao da última eleição majoritária, quando o bolsonarismo e lulismo eram prosas obrigatórias em Minas e no Brasil.
É fundamental rogar por uma campanha límpida, onde sejam debatidas as ideias, sem acusações, muitas vezes sem a devida comprovação, mas que terminam por prejudicar a imagem dos atingidos. Esse é o retrato da velha política brasileira, onde para se conquistar alguns pontos de popularidade, os participantes do pleito procuram difamar os oponentes, mesmo sabendo que as falas denunciatórias não correspondem à realidade.
Em Belo Horizonte, cidade com 2 milhões de eleitores, matemáticos da política mineira temem o surgimento de um radicalismo exacerbado. As assessorias dos principais candidatos sinalizam, por exemplo, um possível enfrentamento mais enfático do deputado federal Rogério Correia (PT) contra a denominada direita mais radical, podendo centrar o foco no candidato Bruno Engler (PL). Ao escolher esse alvo, Correia almeja provocar Engler para um debate mais ideológico, como aconteceu na campanha à presidência, há dois anos, na capital mineira. Naquela oportunidade, o então presidente Jair Bolsonaro conquistou mais votos do que o petista Lula no município.
Para o bem da nossa jovem democracia brasileira, o ideal é evitar o desrespeito ao eleitor. Às vezes, os candidatos sem um projeto de governo objetivo, terminam usando apenas palavras fáceis para tentar convencer ou até mesmo ludibriar a população. Contudo, o recomendável é haver um plano exequível de trabalho, deixando para o esquecimento a postura antidemocrática e sem compromisso com o futuro das urbes.