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Livro busca ensinar as crianças a reconhecerem sua luz interior

Aline Freitas é autora da obra – Foto: Arquivo pessoal

Ao longo das suas páginas, a conversa entre as flores cria um cenário de medo, ansiedade, tristeza e desorientação. A história mostra que, sem uma rotina, o reino acabou bagunçado e, para restaurar o equilíbrio, foram necessários foco e mais positividade nos pensamentos e nas ações. Com a união de todos, a luz individual se fortaleceu para brilhar tão radiante como o sol.

A pedagoga e filósofa Aline Nascimento Freitas conta que a ideia surgiu durante o período da pandemia, em que dava aula para os seus alunos virtualmente. “Eu lembro de ter feito alguns girassóis, e foi uma forma de estar em contato com os meus alunos e contar uma história que fizesse sentido para eles, utilizando alguns recursos visuais na frente do computador. Isso acabou gerando um impacto muito positivo nas crianças”.

Foto: Divulgação

Aline explica que os seres humanos podem reagir de diversas formas diante de uma adversidade. “De maneira mais explosiva, mais enérgica, porém, também podemos revisar esse posicionamento, e voltar a ter uma visão mais otimista, positiva e sensível da vida. Então, acaba se tornando uma forma das crianças e quem estiver lendo o livro de, às vezes, se identificar um pouco com essa postura, no princípio, mais reativa, mas depois ir buscando despertar esse aspecto mais luminoso, como no ‘O Sumiço do Rei Sol’ fala”.

“O livro busca resgatar essa importância dos valores humanos e das atitudes como a generosidade, a bondade, o respeito e a empatia. Dentro do contexto da educação formal nas escolas, mas também junto às famílias, junto à sociedade, são elementos que para mim possam voltar a acreditar nas potencialidades humanas”, acrescenta.

A autora considera que fazer amizades é uma verdadeira arte. Ela orienta que os pais e educadores devem estimular as crianças a criarem amizades não apenas pelas afinidades, mas também pelas diferenças que a outra possui. “Porque quando a amizade se estabelece, ela parte do pressuposto de que essas pessoas não são iguais. Essa oportunidade de aprender com o outro é o maior valor de uma amizade e isso tem que ser estimulado, porque estamos vivendo em uma sociedade em que as relações são muito mecânicas e, às vezes, muito superficiais”, conclui.