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Vendas no varejo têm estabilidade no 1º semestre

Foto: Freepik.com

 

Apesar de apresentar uma queda de 0,1% do volume de vendas no mês de junho, o varejo brasileiro fechou de forma estável o primeiro semestre do ano, com alta de 0,3% em comparação ao mesmo período do ano anterior. As informações são da 18ª edição do Índice de Atividade Econômica Stone Varejo.

“Com os dados deste mês, o cenário de incerteza pontuado no último relatório parece se resolver, mostrando que o primeiro semestre de 2024 se encerrou com uma tendência de estabilidade e leve alta quando comparado com os primeiros seis meses de 2023”, explica o pesquisador econômico e cientista de dados da Stone, responsável pelo levantamento, Matheus Calvelli.

Entre os seis segmentos analisados, três registraram alta mensal, com o setor de livros, jornais, revistas e papelaria liderando com crescimento de 1,7%, seguido por tecidos, vestuários e calçados (0,6%) e material de construção (0,5%).

Em contrapartida, os outros três segmentos apresentaram queda, liderados por artigos farmacêuticos com uma baixa de 1,0%, seguido por móveis e eletrodomésticos (0,6%) e hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,5%).

 

Minas Gerais

O segmento do varejo vem evoluindo de forma crescente ao longo do ano em Minas Gerais. Após iniciar 2024 com queda de 2%, o setor vem demonstrando fôlego e encerrou o primeiro semestre em estabilidade. O índice aponta que durante os seis primeiros meses deste ano, a evolução mês a mês do varejo indica uma melhora gradual.

“O varejo é um setor que se reinventa facilmente. Em Minas Gerais temos um cenário com liberdade econômica e foco na atração de investimentos e empreendedorismo de vários tipos de negócios, o que gera um maior estímulo, tanto que novas empresas estão sendo abertas mensalmente”, diz o economista Paulo Álvares.

Ele cita a renda como um dos principais fatores para esse crescimento. “Com a criação de empregos em alta e uma menor intervenção da inflação em alguns bens, há o crescimento do poder de compra de muitos consumidores, o que aquece as vendas. Além disso, fatores como o décimo terceiro salário e a criação de vagas informais, injetam mais recursos para compras para muitas famílias”.

 

Expectativa

Segundo levantamento realizado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecomércio MG), empresas do varejo do Estado esperam um crescimento de 65% nas vendas no segundo semestre de 2024. Um dos principais fatores desse otimismo são as datas comemorativas do período, como o Dia das Crianças, Dia dos Pais, Black Friday e, em especial, o Natal.

Na avaliação de 54,5% dos entrevistados, os seis primeiros meses deste ano atingiram a meta de vendas. Para 26,7% das empresas, houve um aumento considerável nas vendas durante o primeiro semestre deste ano em relação ao mesmo intervalo de 2023 e 42,7% esperavam que o período fosse mais rentável e citaram mudança no governo, endividamento do consumidor e inflação como os maiores responsáveis pelo cenário.

Érica Vieira é dona de uma loja de vestuário e vem apostando em promoções e divulgações nas redes sociais. “Essa é a época do ano no qual os investimentos dão retorno, porque há um grande movimento e as pessoas estão sempre empenhadas em adquirir presentes nas datas comemorativas. No segundo semestre costumo vender bem mais na comparação com o primeiro, então, minhas expectativas estão altas”.