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Apenas as redes sociais não garantem votos para vencer a eleição em BH

Mauro Tramonte está “tomando” votos de Engler / Foto: Divulgação

 

No caldeirão eleitoral que começa a ser formado com relação à disputa pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), entra em cena o jogo do vale tudo. De acordo com especialistas e cientistas políticos, o que foi feito até agora, com relação ao uso das redes sociais como canal de comunicação, a partir desta semana, a situação será completamente diferente, no período entendido de 15 de julho, como marco regulador do que pode e o que não pode para difusão dos nomes dos candidatos ao pleito.

Sem entrar no mérito do processo usado por cada campanha, no sentido de buscar mais visibilidade para seus respectivos candidatos, os grupos políticos carecem ficar atentos à legislação eleitoral.

Segundo o advogado Mauro Bomfim, especialista em direito eleitoral, a lei reguladora deste tema é extremamente rígida e qualquer descuido pode gerar uma enorme celeuma, sendo que em determinados casos, significa até mesmo a cassação de candidaturas, por exemplo, se a infração for avaliada como grave.

 

Candidatos sem proposta

Analisando o cenário que se apresenta até o momento, o jornalista Acir Antão, atualmente presidente do Centro dos Cronistas Políticos de Minas Gerais, lembra que tem havido muito debate ideológico na disputa eleitoral rumo à PBH. “Até o momento, não se conhece as reais propostas dos pré-candidatos. Apenas propalar a ideologia não consegue convencer os eleitores, especialmente os residentes na periferia, quando se sabe que a capital mineira tem mais de 400 bairros com inúmeras camadas de pessoas menos favorecidas”.

Enquanto isso, está havendo uma verdadeira corrida no sentido de formatação de alianças entres nomes de maior visibilidade pública. Em Brasília, circula a informação que o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, tem feito uma enorme pressão para que partidos da base do governo federal estejam unidos em torno da candidatura do atual prefeito, Fuad Noman (PSD). O chefe do Executivo já conta com aproximação de grupos influentes, inclusive do deputado federal Aécio Neves (PSDB), além de muitas siglas, com as quais estariam acabando de firmar parceria.

Quem continua batendo cabeça são os pré-candidatos da esquerda. Mas para analistas políticos, se acontecer de Rogério Correia (PT), Duda Salabert (PDT) e Bella Gonçalves (PSOL) tomarem caminhos isolados, pode significar uma disseminação de votos que terminará facilitando a vida dos candidatos mais conservadores.

Se tem um viés relacionado ao debate ideológico ou não, o certo é que a entrada em cena do deputado Mauro Tramonte (Republicanos) significou uma divisão de votos até então encaminhados na direção pela preferência do nome do deputado estadual Bruno Engler (PL).

Tramonte está “tomando” a simpatia junto ao ninho eleitoral de Engler. A situação é tão real que o representante do bolsonarismo em Minas mudou de estratégia e passou a se reunir com alguns líderes políticos. A ideia é mostrar sua viabilidade como o um nome capaz de administrar BH, cidade com mais de 2 milhões de moradores.