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Vendas de consórcio de imóveis sobem 24% entre janeiro e abril

Tíquete médio de cada cota foi de R$ 185,4 mil / Foto: Freepik.com

 

Dados da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (ABAC) mostraram que o consórcio de imóveis registrou um aumento de 24,1% no primeiro quadrimestre de 2024, quando comparado ao mesmo período do ano passado. Entre janeiro e abril, foram comercializadas 266,39 mil novas cotas, frente às 214,72 mil vendidas na mesma época de 2023. O tíquete médio de cada cota no período foi de R$ 185,4 mil. Também houve um aumento no volume de créditos comercializados, que é a soma dos créditos de todas as cotas vendidas no período, saindo de R$ 38,5 bilhões para R$ 50 bilhões, com alta de 29,8%.

Outro levantamento realizado pela entidade sobre o estado civil dos compradores mostrou que pessoas casadas (40,2%) e solteiras (34,8%) são os principais. Outros (17,5%), separados (6,5%) e viúvos (1%), complementam a lista.

Para o presidente da regional Sudeste da ABAC, Vitor Bonvino, os números são um sinal de que as pessoas estão se planejando para médio e longo prazo. “Os indivíduos se dedicam ao consórcio de imóveis para ter um patrimônio ou pelo menos uma ‘poupança’. Isso porque sabem que serão contemplados em algum momento”.

Ele esclarece que o valor do crédito para a compra de um imóvel, além de uma taxa de administração que é diluída ao longo do pagamento das prestações, sofre correção pelo Índice Nacional de Custo da Construção (INCC). “Por exemplo, se subir 5% em um ano, um crédito de R$ 100 mil vai para R$ 105 mil. O poder de compra do consorciado fica atrelado ao indicador”.

Para os próximos meses, Bonvino acredita que o ritmo observado no primeiro quadrimestre seja mantido. “Recentemente, o Banco Central apresentou um relatório mostrando que o consórcio se mostra resiliente aos momentos de alta e baixa inflação e da taxa de juros, exatamente pelo fato de não ser comparável a um financiamento”.

 

Alta nos veículos leves

A venda de novas cotas para a compra de veículos leves aumentou 9,3% entre janeiro e abril de 2024. Saltando de 504,3 mil para 551,3 mil. Em abril, o valor médio negociado era de R$ 76 mil, 28,9% maior que no mesmo mês do ano passado.

Bonvino afirma que os acontecimentos ocorridos, principalmente durante a pandemia de COVID-19, contribuíram para o aumento do preço dos veículos novos e usados. “Também houve alta da inflação e os próprios veículos tiveram uma elevação no preço por causa da falta de microchips e aumento no valor do aço”, conclui.

 

Outros números do setor

Em abril, o setor de consórcios tinha 10,5 milhões de participantes ativos, conforme a ABAC. 11% deles são de Minas Gerais. Durante o período, foram comercializados R$ 108,7 bilhões em créditos, 21% a mais que no mesmo período do ano passado.

Ao contrário dos setores de imóveis e veículos, eletroeletrônicos (-38,4%), veículos pesados (-15%), serviços (-11,9%) e motocicletas (-1,3%), que apresentaram retração.