O serviço de inteligência tem alertado as autoridades policiais de Minas Gerais sobre a presença de possíveis membros de Organizações Criminosos atuando em grandes cidades mineiras, tanto na região metropolitana quanto em outras localidades. Informações indicam que em muitas comunidades de Belo Horizonte aumentou o número de conflitos, execuções e outras atrocidades. Isso tem a ver com a disputa por territórios dos representantes do Comando Vermelho (CV) e Primeiro Comando da Capital (PCC).
O governador Romeu Zema (Novo) destaca que a segurança dos mineiros é uma prioridade. A recente fala do chefe do Executivo se refere a uma pesquisa feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2023, onde Minas Gerais aparece em segundo lugar no ranking nacional de sensação de segurança. À época, o governo estadual fez inclusive menção ao recém-criado Grupamento de Ações Rápidas (GAR).
Porém, em apenas seis meses, o cenário é oposto. Para especialistas em segurança, o governo do Estado carece se aliar a órgãos federais, utilizando-se de todos os instrumentos para coibir a expansão das organizações criminosas em nosso território. Se nada for feito, a brutalidade ficará mais difícil de ser contida e trará mais desassossego à população.
Tido como povo pacato, os mineiros precisam saber que o Comando Vermelho, criado em 1979, no Rio de Janeiro, faz frente ao poderio de outra organização, o Primeiro Comando da Capital, cujo registro remonta ao ano de 1993, em São Paulo, sendo mencionada com uma das maiores exportadoras de cocaína da América do Sul, com cerca de cem membros espalhados no Brasil e também em países vizinhos.
O cidadão de bem está convocado a se unir às autoridades. Uma ação contraofensiva é urgente para evitar que essa lástima se torne impossível de ser contida. Seria bom que o tema fosse tratado longe do debate ideológico nacional, muito presente nas discussões cotidianas do momento, onde a polarização política é um fato.