Segundo o painel de vigilância epidemiológica da Secretaria de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), nesses quatro primeiros meses de 2024, já foram confirmados 164 casos de meningite no Estado e 20 óbitos. Os homens somam 60,98% dos registros e as mulheres 39,02%. Das mortes, 70% foram do público masculino, enquanto 30% foram feminino. Em Belo Horizonte, houve 43 casos e 7 óbitos.
O presidente da Sociedade Mineira de Infectologia, Adelino Melo Freire, explica que meningite é a inflamação das membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. “Os tipos mais comuns são as virais, geralmente, são casos mais leves e com menor risco de morte ou sequelas. Já as bacterianas são graves e podem ser fatais se não tratadas rapidamente. As fúngicas são raras e ocorrem em pessoas com sistema imunológico comprometido”.
“As vacinas contra a doença conjugadas contra os sorogrupos A, C, W, Y e B auxiliam na proteção das pessoas. O grupo com maior risco de contrair a meningite, como crianças de 2 meses a 5 anos de idade, adolescentes e idosos, devem receber o imunizante recomendado. São registrados surtos sazonais com bastante frequência, sendo importante que as autoridades de saúde continuem monitorando a situação e implementando medidas preventivas”, alerta o médico.
Sintomas
Freire ressalta que a transmissão ocorre através de gotículas respiratórias, como tosse ou espirros, ou pelo contato direto com secreções de uma pessoa infectada. “Os sintomas comuns da meningite incluem febre alta, dor de cabeça intensa, rigidez no pescoço, vômitos e confusão mental. O diagnóstico é feito através da coleta de uma amostra do líquido que envolve o cérebro e a medula espinhal para verificar a presença de bactérias, vírus ou fungos”.
Tratamento
O infectologista esclarece que o tratamento depende do tipo de meningite. “Podem ser utilizados antibióticos, antivirais ou antifúngicos. Em todos os casos é necessária a internação do paciente”.
A principal forma de prevenção é a imunização contra as bactérias mais importantes: meningococo, pneumococo e haemophilus influenzae. “A manutenção da saúde em boas condições também é importante, além de medidas de higiene, como lavar as mãos constantemente, evitar o contato próximo com pessoas infectadas e compartilhar objetos pessoais”, finaliza Freire.