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2ª edição do projeto turístico “Minas Santa” é apresentado

Foto: Marco Evangelista / Imprensa MG

 

A segunda edição do projeto turístico Minas Santa já foi apresentada no Santuário Basílica Nossa Senhora da Piedade, na Serra da Piedade, em Caeté, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), pelo Governo de Minas, através do governador Romeu Zema (Novo) e do secretário de Estado de Cultura e Turismo (Secult-MG), Leônidas Oliveira. O objetivo da iniciativa é celebrar as tradições e a religiosidade desse período. No estado, as tradições vinculadas ao período da Semana Santa estão presentes desde o século 18.

Neste ano, o programa conta com a adesão de cerca de 600 municípios e continua tendo como meta principal posicionar Minas Gerais como o principal destino turístico no país durante a Semana Santa, dando protagonismo às diversas expressões culturais e religiosas (católicas, evangélicas e das afromineiridades) relacionadas à fé, e valorizar o patrimônio cultural material e imaterial.

O turismólogo Frederico da Costa diz que a fé extrapola os limites geográficos e atrai, anualmente, milhares de visitantes estrangeiros para os destinos religiosos brasileiros. “Na prática, são viagens organizadas que compreendem peregrinações, romarias, visitas a locais sagrados, congressos e seminários ligados à evangelização, festas religiosas que são celebradas periodicamente, espetáculos e representações teatrais de cunho religioso”.

“No Brasil, existem diversos locais para se fazer turismo religioso, a exemplo do Santuário de Nossa Senhora Aparecida, em Aparecida do Norte, São Paulo; as cidades históricas de Minas Gerais, e podemos citar ainda eventos como o Círio de Nazaré, uma das maiores procissões católicas do mundo, que leva milhões de pessoas à Belém, capital do Pará”, acrescenta.

O Minas Santa terá eventos até 31 de março, quando é celebrado o domingo de Páscoa, com uma programação especial nos equipamentos culturais do Circuito Liberdade, incluindo a encenação da Via Sacra a céu aberto. A agenda de eventos abrange atrações como as tradicionais procissões, confecções de tapetes devocionais, encenações da Paixão de Cristo e missas. O catálogo pode ser acessado no portal www.minasgerais.com.br.

“Muitas cidades históricas de Minas Gerais ganharam notoriedade e viraram referência quando os assuntos são religião, arte e introspecção. As belíssimas igrejas, banhadas a ouro, carregam história, cultura e são ponto de parada para aqueles que buscam uma viagem cheia de conhecimento, o que acaba sendo essencial para a economia dessas cidades, movimentando a rede hoteleira e o setor de comércio e serviços”, ressalta Costa.

 

Turismo

No ano de seu lançamento, em 2023, o programa foi decisivo para que Minas Gerais registrasse, em abril, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), crescimento recorde na movimentação turística: 720% acima da média nacional. Outro dado relevante, de acordo com a Secult-MG, é que 36% dos turistas que visitam o estado têm como principal motivação conhecer os bens religiosos e locais de riqueza histórico-cultural, gerando uma movimentação econômica de cerca de R$ 5 bilhões.

Em 2024, o objetivo continua sendo posicionar Minas Gerais como o principal destino turístico no país durante a Semana Santa, dando protagonismo às diversas expressões culturais e religiosas relacionadas à fé, além de valorizar o patrimônio cultural material e imaterial.

“O país abarca uma gama de religiões, como o catolicismo, o protestantismo, o espiritismo, as religiões de matriz africana, o budismo, o hinduísmo, as religiões xamânicas, o esoterismo e outros. O turismo religioso é um segmento que pode contribuir para a valorização e a preservação das práticas espirituais, enquanto manifestações culturais e de fé que identificam determinados grupos humanos”, afirma o turismólogo.

“A sustentabilidade do turismo religioso pode ser enfocada sob dois aspectos: em primeiro lugar para que a cultura religiosa não venha perder o seu sentido enquanto manifestação de fé e em segundo lugar para que essas atividades não se transformem em um movimento de massa, descaracterizando a sua essência”, finaliza.