Por enquanto, o assunto dominante nos meandros políticos diz respeito à disputa pela Mesa Diretora da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), cujo certame ocorrerá no dia 1º de fevereiro. Após o pleito, o tema relacionado às eleições municipais vai entrar em cena, especialmente nas grandes cidades, como Ipatinga, Montes Claros, Uberlândia, Contagem e Juiz de Fora.
Só para registrar, o prefeito de Ipatinga, Gustavo Nunes, um dos mais jovens chefes do Executivo do estado, não tem emitido muitas pistas de seu futuro político, mas deverá ser candidato a reeleição. Ele deve bater de frente com o PT, sigla ávida por retornar ao comando do município depois de duas décadas.
Relativamente à Uberlândia, o assunto sucessão não está na pauta das discussões por parte do prefeito Odelmo Leão (PP). Trata-se de um político de muito prestígio, nunca perdeu uma eleição e ajudou a eleger sua esposa, Ana Paula Junqueira Leão (PP), para deputada federal. Se ele resolver entrar na coordenação de campanha no futuro pleito municipal pode dar muito trabalho para os seus adversários.
Fuad e Nikolas Ferreira
Não tem como abordar este assunto e deixar de mencionar a sucessão na capital mineira. Destaca-se por enquanto o completo silêncio sobre o assunto do atual prefeito, Fuad Noman (PSD). Mas como diz o deputado Arlen Santiago (Avante), Fuad é um cidadão preparado e se decidir adentrar na política poderá ser uma boa opção para os eleitores da cidade.
Semana passada, em um restaurante nobre da zona Sul de BH, foi aventado até mesmo a possibilidade do PSDB, de Aécio Neves, se tornar uma opção para a filiação partidária de Fuad, caso ele efetivamente venha aceitar o desafio de participar da reeleição.
Na surdina, os grupos de oposição ao prefeito começaram a ser fomentados. Além do presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH), vereador Gabriel Azevedo, declaradamente interessado em colocar seu nome para tentar suceder o atual chefe do Executivo, agora começou a ser trabalhado pelos bolsonaristas a alusão do mega deputado federal Nikolas Ferreira (PL). Dos quase um milhão e meio de votos recebidos pelo parlamentar no pleito passado, um terço dos sufrágios foram em BH. Isso já o torna um político competitivo para essa futura empreitada.
Na Cidade Administrativa, bem como em um recente evento no âmbito da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), o nome do jornalista Eduardo Costa (Cidadania) voltou a ser mencionado para essa disputa. Ele diz que só vai aceitar o projeto se for de interesse de um grande grupo político. Costa é tido como o mais popular comunicador da Radio Itatiaia.
Se a eleição fosse agora, o PT não teria nomes para fazer frente aos demais sugeridos para disputar o pleito. Entre os petistas, a única reserva técnica no momento, com popularidade para enfrentar uma batalha destas, seria o deputado federal Patrus Ananias. Mas ele, segundo ostenta, não tem idade e nem interesse em empreender um projeto destas proporções, após 20 anos que administrou Belo Horizonte.