Todos sabem que o esporte preferido de 7 entre 10 pessoas é o futebol, ou uma média mais ou menos assim, na minha opinião de jornalista, é o esporte que mais movimenta os noticiários dos jornais, rádios, TVs e redes sociais. Um fato que vem chamando atenção são os comentaristas de arbitragem das emissoras de rádios e televisões. Em grande parte dos jogos por todo Brasil, os comentaristas assistem os jogos em casa na maioria das vezes, no estúdio das emissoras e poucas vezes estão presentes nos estádios. Falo isso porque os comentaristas de arbitragem são árbitros aposentados, ou seja, estiveram nos gramados, sabem como é o clima dentro de campo, o extracampo, a conversa com jogadores entre outros assuntos que acontecem durante os jogos de futebol. Mas o que mais me chama a atenção é eles comentarem que o gol foi mal ou bem anulado, o impedimento estava certo ou errado, a falta foi para cartão amarelo ou vermelho, ou às vezes nem ser dado qualquer cor de cartão, o fato para mim passa a ser até engraçado, porque ficar vendo pela televisão depois que aconteceu o lance por várias vezes no replay é muito fácil e cômodo. É fácil ser comentarista desse jeito!
Escrevo aqui que a grande maioria dos comentaristas também erra em seus jogos, seja o Roberto Wright, Arnaldo César Coelho, Carlos Eugênio Simon, Sandro Meira Ricci, Paulo César de Oliveira, Sálvi o Spínola, Márcio Resende de Freitas, Janette Arcanjo entre outros, que foram ou são atuais comentaristas erraram em muitos jogos que apitaram, o olho humano não é máquina, todos estão sujeitos a errar.. É a analise que eles fazem durante as partidas têm gerado controvérsias entre os torcedores, foi ou não foi certo ou o errado. Sabemos que a arbitragem no Brasil não é profissional, todos os árbitros, bandeirinhas tem outras profissões, recebem o “cachê” por jogo. Então fica a reflexão, que ficar sentado em casa, no estúdio das emissoras de rádios e televisões é muito fácil, peço que tenham mais cuidado nos comentários, ainda mais nos jogos dos campeonatos estaduais que não existem o VAR, as imagens que tem a equipe de análise do lance do jogo por três a quatro pessoas durante o jogo através da tecnologia. Se como VAR já tem polêmica no lance, imagine agora o trio de arbitragem ter que acertar 100% dos lances, e vêm os comentaristas vendo o lance várias vezes para dar o palpite.
A função de Comentarista de Arbitragem foi criada na TV Brasileira em 1989. Antes, os comentários de arbitragem ficavam a cargo dos narradores e dos comentaristas esportivos. O primeiro comentarista de TV foi Arnaldo César Coelho, na Rede Globo Em 2017, a bandeirinha, que hoje é chamada de ex-árbitra assistente Nadine Bastos foi contratada pelos canais Fox Sports, tornando-se a 1ª mulher a ser Comentarista de Arbitragem na TV brasileira.
Fica aqui uma homenagem ao saudoso Kafunga que foi goleiro por décadas e depois parou de jogar, foi comentarista e era folclórico com seus “pitacos”, “não tem coré-coré”, “gol barra limpa”. Ele não tinha replay de televisão, comparecia aos estádios e brincava que usava binoculo para enxergar melhor os lances das partidas.
Muitos árbitros abusam até de utilizar os apitos durante os jogos, observem nos jogos, eles não conversam com os jogadores, ficam com o apito na boca e só apitam fazendo um barulho estarrecedor. Já vimos imagens que jogadores assustam com o volume dos apitos, e a bola rola e o apito causa polêmica!
Um pouco de história: Nos primórdios, quando o jogo era conhecido como rude esporte bretão praticado pelos súditos da Coroa Inglesa, os árbitros sinalizavam as faltas com gritos. Com o crescimento da popularidade do esporte, os estádios começaram a encher e os gritos dos torcedores abafavam os gritos do árbitro para parar o jogo. A solução encontrada para o juiz se fazer ouvir foi recorrer ao apito, criado em 1870 pelo inglês Joseph Hudson para uso da polícia londrina. Assim, em 1878, o apito entrou no mundo do futebol.
*Sérgio Moreira
Jornalista
sergio51moreira@bol.com.br