A saída de Alexandre Kalil (PSD) do cargo de prefeito de Belo Horizonte no início de 2022, com a finalidade de disputar o governo de Minas, já faz surgir nomes que poderão apostar em ser a nova liderança municipal daqui a 3 anos.
A mais recente novidade neste sentido incide sobre o jornalista e apresentador Eduardo Costa, da Rádio Itatiaia e da Record TV Minas. O nome de Eduardo, naturalmente, está sendo propalado devido à sua popularidade perante os belo-horizontinos.
Essa indicação pode antecipar que o pleito para a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) tenha uma janela aberta para representantes da comunicação. Afinal, o nome do deputado João Vítor Xavier (Cidadania), também da Itatiaia, continua sendo ventilado para eleição que visa conquistar o comando do município.
Completando este ciclo, surge ainda a provável candidatura do atual deputado Mauro Tramonte (Republicanos). O parlamentar é sondado no momento para disputar o governo de Minas em 2022, mas, pessoas próximas a ele, apostam no sentido contrário: Tramonte deverá buscar uma nova reeleição na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) e, depois, traçar novos rumos para seu projeto político. Atualmente, ele é o parlamentar mais bem votado da história do Legislativo mineiro, com mais de 500 mil votos. Fora isso, comanda um programa superpopular na Record TV Minas e conta com o apoio dos evangélicos.
Zema, Salabert e Azevedo
Ao ser indagado sobre este quadro municipalista, o ex- deputado federal Aloísio Vasconcelos, um profundo conhecedor dos costumes da capital mineira, disse: “Esse cenário de sucessão de Kalil vai depender da eleição para governador em 2022”.
A observação de Vasconcelos pode fazer sentido, pois, segundo o que se comenta nos bastidores do Palácio Tiradentes, caso o governador Romeu Zema (Novo) seja reeleito, ele tentaria alçar o seu secretário-geral de Governo e fiel escudeiro Mateus Simões para disputar a PBH. Uma jogada arriscada, já que Simões por ser procurador da ALMG está com dificuldades de ter a renovação de sua licença para poder continuar no Executivo estadual.
Se a eleição destinada a eleger o futuro prefeito de BH fosse agora, haveria outros nomes nessa lista, a começar pela vereadora mais votada do município – quase 30 mil votos -, Duda Salabert (PDT). Segundo informações, a parlamentar, até mesmo para colocar sua imagem em evidência, deverá aceitar o desafio de disputar o Senado no próximo ano. O atual senador Carlos Viana (PSD) também nutre o sonho de um dia sentar-se na cadeira de dirigente máximo da capital mineira.
Quem participa da vida política sabe perfeitamente que o vereador Gabriel Azevedo (Patriota) se distanciou de Kalil com o objetivo de demarcar terreno. Ele almeja espaço para traçar seus planos mesmo que, para tanto, tenha de bater de frente com antigos amigos de partido.
Todo esse emaranhado de possíveis candidatos e informações se chocam com uma realidade: o provável futuro do vice-prefeito, Fuad Noman (PSD). Embora seja um técnico de reconhecida capacidade, uma vez no cargo, poderá se interessar em disputar a reeleição. E, neste caso, tudo ficaria ainda mais incerto.