Os aplicativos para smartphone estão em alta e sendo bastante utilizados pelos consumidores nos últimos anos. Com poucos cliques é possível fazer a compra de qualquer item, seja um produto, serviço ou até mesmo alimentos. De acordo com uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em parceria com o Sebrae, 8 em cada 10 (79%) internautas fizeram alguma aquisição usando apps nos últimos 12 meses.
Questionados sobre as razões que os levam a utilizar a plataforma, a maioria respondeu praticidade e agilidade (54%). Entre outros motivos, estão a ideia de não precisar sair de casa (49%) e a facilidade de acesso do celular de qualquer lugar (47%).
Para o presidente da CNDL, José César da Costa, o consumo por meio de aplicativos cresceu de forma exponencial nos últimos anos e o varejo investiu nessa tendência, que também foi impulsionada pelo cenário de pandemia. “As grandes marcas construíram apps mais ágeis e práticos, assim como investiram no relacionamento com os clientes, buscando entender melhor sobre seus hábitos de consumo, necessidades e preferências. Os aplicativos de transporte, por exemplo, têm sido muito utilizados por idosos, que até então tinham certa resistência”, analisa.
A recepcionista Ana Paula Martins possui diversos aplicativos instalados em seu smartphone. “Utilizo bastante, principalmente para pedir comida e transporte. Na pandemia é muito mais prático, pois consigo selecionar o alimento que desejo, pagar diretamente no app e receber o pedido sem sair de casa. Tenho até uma lista com os meus locais de compra preferidos”.
Quem também faz uso das ferramentas é o estudante Marcelo Ribeiro. O foco dele são os aplicativos de lojas de grandes marcas. “Devo ter uns 10 ou mais instalados no meu celular. Quando necessito de algum produto, pego o smartphone para pesquisar os preços. Alguns estabelecimentos dão descontos especiais para quem comprar pelo app ou ainda oferecem o frete grátis. Consigo receber alertas de promoções também, sobretudo, próximo de datas comemorativas”, afirma.
Força das redes sociais
Anúncios de grandes varejistas e até mesmo pequenas lojas influenciam na decisão de compra dos brasileiros. Prova disso é que 40% dos entrevistados disseram ter adquirido produtos e serviços pelas redes sociais nos últimos 12 meses. Os principais motivos são rapidez e praticidade (42%), conseguir interagir e tirar dúvidas com o vendedor, encontrar os melhores preços e ofertas do mercado (39%) e ser atraído pela publicidade (36%).
Nas redes sociais, a pesquisa também detalhou quais são os itens mais buscados. No topo do ranking, aparecem comidas e bebidas por delivery (47%). Já os produtos de moda e vestuário (40%) ficaram em segundo lugar, seguidos por cosméticos, perfumes e produtos para o cabelo (36%).
“O cliente quer ter acesso a canais de compra que permitam escolher o que for mais conveniente. Isso significa que o varejo precisa continuar desenvolvendo experiências que atraiam os consumidores e promovam o engajamento. Ou seja, é fundamental reduzir cada vez mais a distância entre o varejo físico e comércio on-line, além de direcionar esforços para oferecer uma excelente experiência de compra ao usuário”, afirma.