Atualmente, o Brasil vive uma fase de pleno debate ideológico com radicalismo de situação e oposição, naturalmente com uma preponderante ênfase devido à força das redes sociais, campo fértil para esquerda e direita se engalfinharem. A temperatura entre as partes só tem aumentado, especialmente turbinada pelos seguidores do presidente da República, Jair Bolsonaro, com imediata resposta de grupos de esquerda e, insofismavelmente, de oposição ao governo federal.
O detalhe é que enquanto eles, os ditos poderosos, disseminam essa guerra de viés político, as pessoas equidistantes desse embate fervoroso serão usadas como massa de manobra. Até porque, aqui, e como acontece em todo o mundo, está em jogo o poder. Enquanto isso, os eleitores apenas são obrigados a seguirem os seus líderes, mesmo sem as informações corretas.
Para além desta realidade, espera-se que os debatedores usem o “ringue da democracia” com o intuito de conquistarem o pódio. Até porque nos países civilizados e, especialmente, desenvolvidos do mundo, o poder é conquistado por meio do voto, mesmo que com modelos eleitorais diferentes. E acrescenta a isso, o fato de os sábios sustentarem, até hoje, aquela frase: “a democracia pode não ser um modelo perfeito, mas é um processo insubstituível”.
Lamentavelmente pode acontecer uma indesejada ruptura dos poderes constituídos no Brasil. Esse é o caminho desenhado nos dias atuais por conta de um radicalismo miscigenado, protagonizado por arautos dos direitos livres, mas que, para perpetuarem em suas posições, são capazes de aceitar um confronto envolvendo até mesmo a população brasileira.
O povo, infelizmente, permanece em seus guetos, amontoados nas periferias das grandes cidades, servindo justamente como massa de manobra de quem almeja conquistar o poder. O sofrimento da maioria dos brasileiros é de conhecimento de todos. Sendo assim, espera-se que esses senhores não tragam mais mazelas para o nosso país e nem destile ódio para cima da nossa gente. O principal foco tem que permear o campo das ideias, evitando esse lado mais tenaz do processo que, inclusive, pode culminar até mesmo numa guerra civil.
A nação brasileira está necessitando de estadistas, não de agitadores que só fazem insuflar os entusiastas em discutir política, enquanto deveriam atuar em busca de mais educação, cultura e desenvolvimento para todos. O povo quer pão, remédio, escola de qualidade e não balburdia provocada por facções envoltas em projetos subjetivos e de ambos os lados, diga-se de passagem.
O poder deve ser exercido por quem o é de direito e não por quem acha que o tem.