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Quem sabe, sabe

C A N A L  A B E R T O

Falta de chuva no país gera aumento na conta de luz. Maio encerrou nesta semana e tivemos pouca chuva, talvez o mês mais seco do que o normal nas últimas décadas. Essa notícia não é boa porque compromete os reservatórios no Sudeste. No Brasil, como quase 80% da nossa energia vêm das hidrelétricas, se chove pouco, a energia encarece. Os governantes têm de ser mais competentes. Não é por falta de chuvas, e sim de um planejamento para resolver o problema. Há várias décadas sabemos que o nosso potencial hidrelétrico chegou aos limites e que temos de investir mais em energia. Aí vem o aumento da bandeira tarifária e da conta de energia elétrica e isso é repassado para a população. É um absurdo, ainda mais nesses tempos difíceis.

 

Retomada das aulas presenciais. Após um 2020 marcado por escolas fechadas e incertezas sobre a volta para a sala de aula, o ano de 2021 começou com as discussões em maior proporção sobre o retorno dos alunos para o ambiente escolar. Devido à pandemia, em alguns estados à volta aconteceu em formato híbrido (quando há uma mescla entre atividades a distância e presencial), dando prioridade a estudantes de determinadas séries, sobretudo o infantil. Está na hora do governo mineiro discutir o retorno, que já ocorre há 14 meses. Claro que dentro dos protocolos de segurança, além da vacinação dos professores e funcionários das repartições. Muita coisa está funcionando, na prática, sem restrição e com aglomeração, incluindo transporte público, supermercados, academias etc. e a única coisa proibida de funcionar são as escolas.

 

Tapa na cara. A realização da Copa América de Futebol em nosso país não é ético e é um “tapa na cara” das autoridades sanitárias daqui e do mundo. Não é possível que diante de tanta dor e sofrimento a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) e o presidente Bolsonaro decidam fazer do Brasil palco para festas e celebrações. Quem sabe comemorem durante a Copa América a marca de 500 mil mortos. Que absurdo! Isso é um escárnio.

PREÇOS DOS ALIMENTOS X HOTÉIS E BARES –  Os hotéis, bares e restaurantes foram muito afetados pela pandemia após meses de fechamento do comércio, restrições e perdas enormes no turismo. Os empresários tentam recuperar o prejuízo acumulado desde o ano passado, mas tem que enfrentar, atualmente, o problema da alta dos alimentos que acaba impactando nessas atividades. O motivo principal é que aumenta os custos e a receita não acompanha porque não tem como elevar os preços se o número de clientes ainda é baixo. Muitos hotéis, por exemplo, têm café da manhã e restaurante próprio. Se repassar os custos, é bem provável que haja uma diminuição de hóspedes. É esperar pelo reaquecimento da economia, porque em algum momento os restaurantes, bares e hotéis terão de repassar os custos operacionais.

COMENTARISTAS ESPORTIVOS DE TV SÃO CHATOS- Está difícil de assistir aos programas esportivos que são veiculados na TV. São programas ridículos, sem criatividade, com pouca informação e falas repetitivas, além de jornalistas e ex-jogadores despreparados, sem personalidade na hora de comentar e que ainda se mostram torcedores fanáticos. Sem falar nos jornalistas que tem medo de comentar se foi pênalti ou não por medo de contrariar alguma torcida. Faltam critérios técnicos na hora de escolher esses profissionais. Não dá para ouvir, por exemplo, os comentários daquela “água de salsicha” chamado Caio Ribeiro, que não tem opinião própria. Sem falar nos chatos do ex-jogador Casagrande e de Galvão Bueno, que acha que sabe mais do que todos os outros. Muitos desses programas são desnecessários e já deveriam ter acabado há tempos.

COPA AMÉRICA DE FUTEBOL EM PLENA PANDEMIA- A Copa América de Futebol estava prevista para ser realizada na Argentina e na Colômbia. Mas a Argentina recusou a sediá-la por causa do aumento dos casos de coronavírus e a Colômbia pelo fato de enfrentar uma crise social. E aí, acreditem, será no Brasil. Isso é inaceitável para um país que enfrenta uma grave crise sanitária com mais de 16 milhões de contaminados e mais de 465 mil mortos pela COVID-19. Em números de mortos somos o segundo (atrás somente dos Estados Unidos) e esse horror está longe de acabar. É uma decisão irresponsável e um descaso do presidente Jair Bolsonaro, que sempre incentivou aglomerações, debochou de quem fica em casa, é contra o uso de máscaras e recusou apenas de uma fabricante, 70 milhões de doses de vacina, que poderiam ter salvado muitas vidas.