Novamente a união dos políticos mineiros está fazendo história. E esta proeza pode ter criado condições necessárias para o crescimento da candidatura do senador Rodrigo Pacheco (DEM) rumo à presidência do Senado. Afinal, seu encontro, semana passada, como o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), foi notícia em todo o Brasil. Os grandes veículos da mídia informaram a decisão do PSD em apoiar o nome de Pacheco na corrida pela titularidade da Câmara Alta do Congresso Nacional.
O PSD, cujo presidente nacional é o ex-ministro Gilberto Kassab, tem a segunda maior bancada de senadores, só perdendo para o MDB. Diante deste quadro, em Brasília, os comentários indicam que Pacheco já está sendo considerado vitorioso em sua pretensão de se tornar o comandante do Senado brasileiro.
Jogada de mestre
O desenho dessa aproximação aconteceu ainda na virada do ano, quando Kassab sondou se Kalil aceitaria conversar com Pacheco sobre um possível apoio do PSD. E, ao que tudo indica, o prefeito de BH foi susceptível ao tema. Até porque, caso vetasse, não haveria a possibilidade do partido declarar apoio ao democrata. Ao adotar a decisão de acolher a aproximação com seu ex-adversário político, Kalil abriu uma enorme porta no seu projeto pela disputa ao governo de Minas.
No meandro da Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais (ALMG), caixa de ressonância da política mineira, o assunto foi comentado durante toda a semana. E, inclusive, alguns parlamentares até então céticos ao plano do prefeito na disputa pelo Palácio Liberdade, já estão reavaliando seus conceitos. Para muitos, ele demonstrou que, mesmo sendo novato no meio político, já está se fortalecendo como um habilidoso articulador.