A Black Friday 2020 já tem data para acontecer. No dia 27 de novembro, os brasileiros terão acesso as mais diversas promoções de inúmeros setores do comércio. O evento, que tem como objetivo limpar o estoque e preparar as vendas para o Natal, está cada vez mais popular no Brasil. Prova disso é uma pesquisa feita pela Méliuz que apontou que 72% dos consumidores garantem que vão aproveitar as liquidações este ano.
Os dados indicam que a maioria (58%) vai optar por fazer as compras on-line. Enquanto isso, 11% irão preferir visitar os espaços físicos. Há ainda o grupo que pretende dividir as compras entre lojas físicas e on-line, que somam 30,92%.
A recessão econômica causada pela pandemia do novo coronavírus parece não ter afetado o desejo de compra dos consumidores. No que se refere aos gastos, 32,2% vão desembolsar entre R$ 1.000 e R$ 2.999; 25,9% devem empregar entre R$ 500 e R$ 999; 14,6% estão dispostos a gastar R$ 3.000 ou mais; 14,3% visam consumir entre R$ 300 e R$ 499; 11% vão fazer compras entre R$ 100 e R$ 299 e 1,6% pretende injetar até R$ 99.
Para o economista Fábio Tadeu Araújo, a média de brasileiros que ambicionam gastar é alta, representando sete em cada 10 pessoas. “Independentemente disso, a Black Friday tem se estabelecido como uma oportunidade de comprar produtos bons com preços atraentes. Algumas pessoas têm aproveitado a data, inclusive, para antecipar presentes de aniversário e Natal. A soma desses motivos leva a um aumento crescente da participação dos brasileiros”.
Araújo acredita ser possível que a data contribua para a redução de estoques, gerando um majoração no pedido junto às fábricas de novos produtos em cima do potencial de vendas. “Se essa Black Friday for maior na questão do dinheiro circulando – não apenas em quantidade de unidades -, pode dar um fôlego para retomada do crescimento neste final de ano”.
O especialista acrescenta que há a possibilidade de a edição de 2020 ser melhor do que a do ano passado. “Mas é provável também que o valor médio de cada compra seja menor. Existem dois fatores, um empurra para baixo o outro puxa para cima”.
Ele esclarece que, para baixo, está sendo considerado o valor menor que cada brasileiro vai gastar, enquanto que para cima, o fato de haver mais pessoas entrando nessa Black Friday. “Não há como ter certeza de qual prevalecerá. Por ser um evento único e recente no país, já que se consolidou ao longo dos 2 últimos anos, programava-se que este seria o ápice. Acredito que há uma possibilidade pequena entre 5% e 10% de volume maior do que em 2019”, conclui.