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O grande Didi

O SporTV deu um grande presente aos brasileiros nesta época de quarentena, reprisando na íntegra os jogos decisivos das Copas de 58 e 62 conquistadas pelo Brasil. Entre uma copa e outra os jogadores eram quase os mesmos, apenas 4 anos mais velhos. Ali estavam Pelé, Didi, Nilton Santos, Vavá, Gilmar, Zito, Zagalo, Garrincha etc. Feola ganhou a primeira, Aimoré Moreira a segunda.

A torcida brasileira celebrou como nunca acabando com o tal complexo de “vira-latas” tão cobrado pelo escritor Nelson Rodrigues. Vendo os jogos, passados na íntegra, lembramos que em 58 e 62 não havia TV direta e o acompanhamento ficava por conta do rádio.

É inútil e perda de tempo ficar comparando qual foi o melhor time nas 5 conquistas. Cada época mostra uma realidade e cada conquista mostra heróis diferentes.

Em 58, Pelé e Garrincha saíram consagrados, mas Didi foi eleito, com toda justiça, o melhor jogador do mundial. Deu para ver o que ele representava no time brasileiro, que repetiu em 62, mas aí essa Copa foi do Garrincha.

Didi não tem o reconhecimento justo na história do futebol brasileiro com passagens maravilhosas pelo Fluminense e Botafogo, clubes onde mais atuou, como jogador.

Tinha um filho, Adilson Bibi com boa passagem pelo Atlético e chegou a treinar o Cruzeiro no segundo semestre de 81. O dono da “folha seca” nasceu em 1928 em Campos e morreu no Rio em 2001. Cabeça em pé, toque perfeito, visão de jogo incrível, estava sempre no lugar certo do campo. Andou pelo mundo da bola como treinador e em 70 estava estacionado no Peru como técnico da Copa do México. Somos um país que tem carência de heróis. Que tal colocar Didi na prateleira de cima?

*Emanuel Carneiro
Presidente da Rede Itatiaia de Rádio

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