Com a perspectiva da aprovação da reforma da Previdência e das políticas econômicas, os empresários de Belo Horizonte estão otimistas com as vendas do Dia dos Pais deste ano. Segundo pesquisa realizada pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), com 396 lojistas no período de 24 de junho a 10 de julho, a maior parte dos entrevistados (57,9%) acredita que as vendas irão aumentar. Esse número é 13,8 pontos percentuais maior do que o do ano passado (44,1%). Já 30,2% esperam que as vendas sejam iguais às de 2018 e 11,9% consideram que o resultado deve ser pior.
Ademais, para agosto, estima-se que o comércio da capital apresente um crescimento de 1,33% em relação ao mesmo mês do ano passado. Com isso, deve ser injetado R$ 1,82 bilhão na economia da cidade, sendo que em meses sem datas comemorativas, o segmento arrecada R$ 1,2 bilhão.
O presidente da CDL/BH, Marcelo de Souza e Silva, explica que esse resultado reflete ações macro e microeconômicas. “Quando realizamos a pesquisa, pegamos o anúncio da liberação do FGTS de contas ativas. Além disso, Belo Horizonte está se comportando melhor economicamente do que outras capitais do Brasil. Há queda do desemprego, mas ainda espera-se a aprovação das reformas federais”.
Entre os fatores que podem contribuir para aumentar as vendas no Dia dos Pais estão liquidação/oferta de itens (45,4%); divulgação dos produtos (13,5%); aumento do emprego (10,2%); atendimento qualificado (6,7%) e flexibilidade na forma de pagamento (6,5%).
Todavia, as opções citadas na pesquisa que podem prejudicar as vendas, segundo os lojistas, são desemprego (29%); falta de agilidade e cordialidade no atendimento (23,7%); crise econômica (10,2%); falta de dinheiro (6,8%) e aumento do preço dos produtos (6,3%).
Presente
A pesquisa aponta que a maior parte dos empresários (75,8%) acredita que os consumidores devem adquirir apenas um item e os produtos que terão a maior saída devem ser roupas (28%), calçados (15,9%) e perfumes e hidratantes (13,6%).
Já em relação ao ticket médio das compras, para este ano, espera-se um valor menor do que o do ano passado, R$ 106,79, redução de 12,2% se comparado com 2018, quando a quantia era de R$ 121,63. O presidente da CDL/BH diz que a grande variedade de produtos e os preços facilitam no momento da compra. “Esse resultado indica que os lojistas estão percebendo que os clientes continuam receosos em efetuar grandes compras e contrair dívidas, limitando-se a um presente. Outra questão, que também pesa nessa conta, é o fato dos servidores públicos estaduais ainda estarem recebendo parcelado, pois, em BH, há uma grande quantidade de pessoas nessa categoria”.
Apesar do tíquete médio ultrapassar os R$ 100, a maior parte dos empresários (38,4%) espera que os consumidores adquiram itens de no máximo R$ 50. Outros 29% acreditam que o valor será de R$ 50,01 a R$ 100. A pesquisa mostra também que o valor a ser desembolsado pode variar conforme o tipo de presente escolhido. Ou seja, quem for presentear com acessórios (carteiras, cintos, relógios e óculos) vai desembolsar o maior valor (R$ 162), já o custo com material esportivo deve girar em torno de R$ 151,67 e dos calçados em R$ 128,57. Em seguida aparecem: vestuário (R$ 107,73); perfumes/hidratantes (R$ 89,81); produtos personalizados (R$ 56,25) e itens de decoração (R$ 52,21).
Sobre a forma de pagamento, a maioria dos empresários (59,3%) confia que será à vista, sendo realizadas no cartão de crédito (27,5%); débito (26,5%); dinheiro (4,5%) e no cartão da própria loja (0,8%). As demais formas citadas foram parcelado no cartão de crédito (38,4%); no carnê/crediário (1,8%) e no cartão da própria loja (1%). “Assim como em outras datas comemorativas, o que se tem visto é que as pessoas estão buscando presentear, mas sem comprometer o orçamento e nem se endividar”, finaliza o presidente da CDL/BH.