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Má alimentação interfere nos resultados da atividade física

Escolher uma modalidade, encontrar um local de confiança para praticá-la, comprar roupas e calçados adequados, pegar uma garrafinha de água e ir. Para muitos, essa é a sequência para incluir o esporte na rotina, mas, outra importante etapa não deve ser esquecida: a alimentação. É que hábitos ruins, podem afetar seus resultados.

Segundo a nutricionista esportiva Patrícia Boffa, uma boa alimentação melhora a performance e recuperação, garantindo desempenhos mais satisfatórios. “Uma pessoa que não se alimenta bem terá uma capacidade de rendimento e força abaixo do que poderia ter, além disso, sua recuperação após o fim da atividade também fica comprometida”.

Para o estoquista Matheus Cabral, o desejo de mudar a dieta veio naturalmente. “Entrei na academia, pois achei que poderia fortalecer o meu corpo. Comecei a ter gosto pela prática e a fazer muay thay, no entanto, malhava de segunda a sexta e no fim de semana comia muita besteira”.

Matheus sinalizou o mau hábito ao treinador físico que disse que uma boa alimentação traria mais gás e melhoraria seu dia a dia. “Fui a nutricionista e ela criou um cardápio específico e mais balanceado”.
Ele acrescenta que, mesmo tendo uma dieta, não tem isso como uma camisa de força. “Senti diferença em vários aspectos, mas se bate a vontade de comer algo, eu como. Porém, esse desejo quase não vem mais, porque passei a ter prazer em alimentos mais naturais”.

É exatamente o que explica Patrícia. “As pessoas precisam colocar a saúde como prioridade. É necessário se programar e permitir conhecer e incorporar na sua rotina uma alimentação mais natural com ingredientes de verdade e menos alimentos processados. Muita gente entende que comer bem é alimentar-se pouco e não é bem assim. Ser saudável e comer bem e não passar fome”.

Ela afirma que devido a correria diária, muitas pessoas relatam que não conseguem preparar a própria comida. “É o que mais vejo, pessoas ocupadas com o trabalho, estudo, vida social, virtual e que alegam a falta de tempo como empecilho para entrar numa dieta mais nutritiva”.

Entretanto, a nutricionista conclui dizendo que é preciso experimentar receitas mais práticas, saborosas e saudáveis.

Dicas
Na mesa de um atleta não pode faltar alimentos à base de carboidratos. “Frutas, grãos, batata, arroz e macarrão, variando a quantidade de acordo com a intensidade da atividade, ou seja, um esporte mais leve, vai exigir uma demanda menor de alimentos; já uma modalidade mais pesada requer um pouco mais desses ingredientes”.

Já os que devem ser evitados também dependem do objetivo do praticante. “Mas, em geral, são os gordurosos ou com muita fibra de difícil digestão, como frituras, carnes gordas, molhos à base de queijos, leite ou manteiga, contudo a dieta varia bastante, o ideal é que se procure um nutricionista para montar uma dieta adaptada à rotina, exercícios e dia a dia do atleta”.