Analisando as últimas pesquisas, o cenário eleitoral mineiro fez uma curva de 360 graus e voltou à estaca zero, principalmente, após a confirmação da presença do deputado Adalclever Lopes (MDB) na disputa ao governo do estado. A candidatura do presidente da Assembleia fez renascer a esperança de sete partidos da coligação que, até então, apoiava Marcio Lacerda (PSB). Esse grupo acredita que o trabalho deve ser feito buscando o crescimento da terceira via para conquistar o Palácio da Liberdade.
Quando tudo parecia caminhar para a polarização entre Antonio Anastasia (PSDB) e Fernando Pimentel (PT), o jogo sucessório estadual entrou por uma vereda que, dificilmente, pode ser analisada de maneira simplista e antecipada.
Pesquisas eleitorais
Considerando os fatos e tendo como base as pesquisas realizadas por institutos especializados, o professor da PUC Minas e cientista político Malco Camargo comentou: “Não há nada que diga que as pesquisas estão erradas. Elas são o retrato de um momento e podem alterar com entrada da propaganda eleitoral no rádio e TV”.
Camargo acrescenta ainda que: “Atualmente, as análises têm mostrado que algo em torno de 50% da população ainda não escolheu seu candidato. As propagandas terão influência em quem ainda tem dúvida e também para aqueles que já escolheram os candidatos”.
Ele finaliza afirmando que a eleição ainda não começou. “O processo se dá com o início da propaganda eleitoral gratuita na TV”.
Bastidores
Consta nos bastidores que a presença de Lacerda foi fundamental para o anúncio do MDB em apostar as suas fichas em Adalclever Lopes. “Ele irá transferir votos e ajudar na estrutura logística da campanha”, resume um amigo próximo.
Entre os próprios emedebistas circulou essa informação durante a semana toda. Mas outros fatos também podem ter contribuído para o encaminhamento dessa decisão como, por exemplo, os deputados estaduais da legenda que estavam caminhando para a direção de Anastasia. Agora, com o presidente da Casa na disputa, os parlamentares vão repensar a estratégia.
Tudo indica que agora haverá uma reta final de campanha mais serena, a não ser que a delação premiada de Marcos Valério, feita recentemente à Polícia Civil de Minas, possa se traduzir em uma nova reviravolta.
