Uma pesquisa sobre os hábitos culturais da população, realizada em 12 capitais, mostrou que Belo Horizonte está no topo do ranking nacional quando o assunto é frequência a museus, feiras de artesanato, shows, teatro e concertos de música clássica. O estudo da empresa JLeiva Cultura & Esporte foi feito entre 14 de junho e 27 de julho de 2017. No total, 10.630 pessoas responderam a um questionário com cerca de 50 perguntas sobre suas formas de consumir diversão e arte.
O levantamento apontou que 70% dos belo-horizontinos têm a leitura de livros como hábito cultural preferido. Em segundo lugar, aparece a ida ao cinema com 66%. Além disso, a capital mineira teve o segundo maior resultado, entre as 12 cidades pesquisadas, no quesito visita a bibliotecas e saraus. O interesse por filmes faz Porto Alegre figurar no topo com 70%, enquanto que a população de Salvador é apontada como a que mais lê com 72%.
Quando questionadas sobre o valor pago para assistir às atrações, 72% da população das 12 capitais preferem programas gratuitos. O mesmo dado avaliado somente em Belo Horizonte recua para 67%. A pesquisa mostra ainda que as mulheres têm mais acesso que homens a livros, feiras de artesanato e dança. Já os homens têm mais acesso que mulheres a cinema, shows, festas populares, bibliotecas, museus, teatro, circo, saraus e concertos.
Apesar dos números gerais mostrarem um resultado animador, ao mesmo tempo, também revela a grande quantidade de pessoas que não tem acesso às atividades culturais. “Uma em cada três nunca pisaram em um teatro, a mesma quantidade nunca foi a um museu. Mais de 60% nunca viu um concerto de música clássica. 15% nunca leu um livro. Esses números são impressionantes e mostram que existe um gargalo”, analisa Ricardo Meirelles, coordenador da pesquisa e membro do núcleo de estudos e pesquisa da JLeiva Cultura & Esporte.