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Wakeboard: Minas Gerais sedia campeonato mundial da categoria

Minas Gerais será palco para o Campeonato Mundial de Wakeboard que acontecerá nos dias 5 e 6 de maio no Clube Serra da Moeda, em Nova Lima. O evento envolve duas competições simultâneas, uma a nível nacional, o Brasil Wake Open, e outra a nível internacional, o PRO World 2018. A expectativa é de receber cerca de 80 wakeboarders para a competição.

É a 14ª vez que o Estado recebe o evento. De acordo com o produtor do torneio, Bruno Dib, o Clube Serra da Moeda é o único local que permite embarcação náutica por aqui, além disso, o público mineiro é bastante participativo. “O Estado se tornou um berço do wakeboard, porque o pessoal sempre vai prestigiar”.

Ele acrescenta que, apesar da pouca visibilidade, o wakeboard é bastante procurado. “É utopia achar que esporte de ação e de prancha vai ter a mesma visibilidade que o futebol, mas o wake está conquistando seu espaço na sociedade. Hoje já temos parques que permitem que o atleta seja puxado por cabos, semelhantes ao do snowboard. Isso democratiza a modalidade”.

É o que também acredita o atleta Vitinho Cordeiro. “O wake está crescendo há muito tempo. Desde o meu primeiro contato até hoje é uma diferença gritante. Fora que é um esporte que todo mundo que conhece se apaixona. A grande questão é o acesso, por isso é importante darmos visibilidade”.

Esse é um dos motivos que faz Vitinho valorizar as competições internas. “São as que eu mais gosto. No exterior, eu faço por mim. O título vai me favorecer. Já competindo no Brasil, além de ser bom pra mim, é um incentivo ao esporte. Dar visibilidade e mostrar a modalidade para futuros novos atletas”.

Trajetória
O incentivo foi o que fez Vitinho se apaixonar pelo wake. Aos 19 anos, o atleta já possui uma carreira promissora. “Tudo começou há uns 10 anos com o meu pai, ele praticava slalom, que é um esqui aquático. Tínhamos um barco em Nazaré Paulista e ele quis que eu experimentasse andar e eu amei. Todo fim de semana a gente ia praticar. Após isso, participei de uma competição mirim, em Guarapiranga, e ganhei. Foi onde vi que gostava de estar nos campeonatos. Eu tinha muita motivação das pessoas ao meu redor e isso me ajudou a amadurecer. Comecei a treinar com o Marreco (Marcelo Giardi) e passei para a categoria profissional. Fui campeão brasileiro e, posteriormente, mundial na categoria junior man”.

No entanto, infelizmente, para o campeonato em Nova Lima, o wakeboarder não têm grandes expectativas, pois ele acaba de voltar de uma lesão. “Fiquei 6 meses, voltei a andar de wake há poucos dias. Vou ter praticamente dois fins de semana para treinar, uma vez que não moro próximo a represa. Não é muito tempo, mas vou competir, porque é a etapa que mais gosto no Brasil”.