Sabemos que o futebol é o esporte da paixão brasileira e vem crescendo a cada dia em outros países, como China, Japão e Estados Unidos, além das potências das equipes da Europa, França, Alemanha, Inglaterra, Portugal, Espanha e Itália. Essa semana vamos explanar sobre a importância do apoio ao esporte olímpico, ou como era chamado nos áureos tempos: esporte especializado.
Os Jogos Olímpicos de Tóquio em 2020 contarão com cinco novas modalidades esportivas: beisebol (e softbol, versão feminina do esporte), surfe, skate, caratê e escalada. Segundo os objetivos do Comitê Olímpico Internacional (COI), a inclusão dessas modalidades é atrair a atenção dos jovens para os esportes olímpicos.
Nos jogos realizados no Rio de Janeiro em 2016 as modalidades eram: atletismo, badminton, basquete, boxe, canoagem slalom, canoagem, ciclismo bmx, ciclismo mountain bike, ciclismo de estrada, ciclismo de pista, esgrima, futebol, ginástica artística, ginástica rítmica, ginástica de trampolim, golfe, handebol, hipismo adestramento, hipismo concurso, hipismo saltos, hóquei sobre grama, judô, levantamento de peso, luta livre, luta greco-romana, maratona aquática, nado sincronizado, natação, pentatlo moderno, polo aquático, remo, rugby de 7, saltos ornamentais, taekwondo, tênis de mesa, tênis tiro com arco, tiro esportivo, triatlo, vela e vôlei de praia.
Em Minas Gerais, é necessário o apoio do governo estadual e dos municípios com as equipes e clubes para a formação dos atletas e fortalecimento do esporte. No vôlei feminino, temos no Estado, apenas o Minas Tênis Clube e o Praia Clube (Uberlândia) com equipes disputado a Liga Nacional, o Mackenzie que por muitos anos foi participante das competições nacionais, há anos não está nas disputas.
Já o vôlei masculino, tem o Minas Tênis Clube, Juiz de Fora e Montes Claros, e o Sada Cruzeiro (clube com o apoio da empresa Sada).
No futsal temos somente o Minas Tênis Clube. Já tivemos o Recreativo, Olímpico com equipes fortes nas disputas, mas infelizmente não participam das competições nacionais, somente estadual, como o Praia Clube (Uberlândia).
No basquete a situação ainda é mais grave, somente o Minas Tênis Clube participa da Liga Nacional de Basquete. Já tivemos equipes fortes, como o Ginástico, Olímpico, Barroca, Círculo Militar e Mackenzie, hoje eles só participam de algumas competições estaduais.
Na natação apenas o Minas Tênis Clube e, às vezes, o Praia Clube (Uberlândia) participam de competições nacionais. O Tênis somente tem equipes no Minas Tênis Clube e no PIC, enquanto o judô conta só com o Minas Tênis Clube.
Como viram, o Minas Tênis Clube é um exemplo de clube recreativo, é um dos maiores do país nas competições, pois tem uma equipe de profissionais de marketing que fazem contatos com empresas para estamparem, nas camisetas dos atletas nas quadras, o nome das organizações que patrocinam os esportes.
No atletismo a labuta ainda é maior, a UFMG tem uma fantástica infraestrutura, com pista supermoderna, todos os equipamentos para os atletas nas diversas modalidades do atletismo, no Centro Esportivo Universitário (CEU), na região da Pampulha, ao lado do Campus da UFMG, onde a equipe de atletismo da Grã-Bretanha treinou durante as Olimpíadas do Rio 2016. Em Viçosa e Lavras, as universidades federais também contam com equipes em algumas modalidades esportivas, como levantamento de peso e atletismo.
Minas tem 853 municípios, somos mais de 22 milhões de habitantes, sabemos que a situação das cidades com falta de recursos não está fácil, mas é necessário uma formação de equipe de profissionais para organizar planejamento para captar recursos por meio de patrocínios, assim podendo contratar técnicos, atletas, preparadores físicos, fisioterapeutas, massagistas e outros profissionais.
Os empresários precisam saber da importância deles no investimento no marketing esportivo por meio da Lei de Incentivo ao Esporte. Essa é maneira direta de pagar seus impostos com apoio às equipes esportivas, ao invés de pagar tributos diretos ao governo, como o Imposto de Renda. Basta ter um bom setor de contabilidade para saber como ajudar as equipes e investir no esporte, que é a maneira mais direta de tirar crianças e jovens das ruas, dar oportunidade de práticas esportivas e movimentar milhares de pessoas para acompanhar as equipes esportivas em suas dezenas de competições, além de estampar o nome das empresas agregada ao esporte.
Em Belo Horizonte, os clubes reclamam que a prefeitura cobra o IPTU dos clubes, antes não era cobrado e há alguns anos voltou a ser. Os diretores dos clubes recreativos reclamam da cobrança do IPTU, porque este recurso poderia ser investido na criação de equipes e participar das competições pelo Estado e Brasil, levando o nome de Minas Gerais pelo país e mundo. Fica a dica para o prefeito Alexandre Kalil (PHS): reunir com os dirigentes dos clubes e mostrar o plano de isenção do IPTU e o investimento ao esporte.
*Jornalista – sergio51moreira@bol.com.br