Com o clima tropical do nosso país, nada melhor do que um sorvete para aliviar o calor. Apesar do período de recessão econômica, esse mercado se manteve estável e, para este ano, prevê um leve crescimento. Em 2016, a produção alcançou a marca de 675 milhões de litros (mi/l), 195 mi/l de picolés e 133 mi/l de soft (sorvete de máquina).
Mais de 1 bilhão de litros de sorvetes foram consumidos no Brasil, rendendo um faturamento de R$ 12 bilhões. Em média, cada brasileiro consumiu 4,86 litros/ano. O presidente da Associação Brasileira das Indústrias e do Setor de Sorvetes (ABIS), Eduardo Weisberg, aponta que o faturamento do ano passado não foi o esperado. “Este ano as coisas estão melhores, o primeiro semestre foi positivo e, agora, no segundo, observamos um crescimento proveniente da recuperação econômica das empresas e dos consumidores que começaram a gastar de novo”.
Weisberg diz que o mercado ainda é sazonal. “O clima, com temperaturas mais quentes, auxiliou nas vendas. Contudo, para tentar garantir que o segmento fique aquecido, nós buscamos trazer novidades nos sabores e produtos de um modo geral”.
Ele acrescenta que o setor não contratou mão de obra em 2016, mas que, para este ano, a possibilidade é de novas contratações. “Geralmente, por causa da temporada primavera/verão há um aumento de admissões. No ano passado isso não aconteceu, mas, até agora, tivemos um acréscimo de 5 a 6% nesse índice”.
Em expansão
Na contramão da crise, a marca Chiquinhos Sorvetes está em vasto crescimento. Em 2015, 96 novas lojas iniciaram operação e no ano passado, a rede abriu 60 unidades. Para 2017, cerca de 500 unidades serão ativadas, com previsão de faturamento estimado em R$ 307 milhões, um avanço de 20% em relação ao ano anterior. De todas as lojas da rede, 48 são em Minas Gerais.
O proprietário da empresa, Isaias Bernardes de Oliveira, explica que o crescimento gira em torno de 25% ao ano. “Temos um mix de produtos de R$ 3 a R$12, ambos com excelente qualidade, o que agrada a todas as classes e paladares. Possuímos mais de 3.500 funcionários diretos em nossas lojas e só na nossa matriz temos 200”.
Ele diz ainda que a empresa se preocupa em inovar nos produtos para atrair clientes. “Como hoje nós somos uma rede nacional, o inverno acaba não atingindo o país todo. Mas, lançamos sempre novidades no frio, como chocolate quente e bolos de canecas para sustentarmos a venda em períodos de baixa”, conclui.