Mantidas as regras do colégio eleitoral atual, o calendário político do próximo ano terá de ser cumprido a partir de junho, ou seja, daqui a exatos 12 meses. Então, de agora em diante, começa a movimentação mais acentuada, registrando-se um intenso vai e vem entre os interessados na disputa pelo Palácio da Liberdade.
De acordo com as últimas pesquisas, o governador Fernando Pimentel (PT) continua sendo o preferido dos eleitores, principalmente, em municípios mais distantes da região metropolitana, lugares onde ele tem marcado presença. Se, efetivamente, o governador vai enfrentar o pleito, não se sabe, sobretudo, por conta dos diversos percalços. No entanto, membros de seu partido e alguns representantes da aliança de sustentação na Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais (ALMG), já articulam tendo em vista a reeleição de Pimentel, e este roteiro irá crescer daqui pra frente, disse, recentemente, o líder do Governo na ALMG, deputado Durval Ângelo (PT).
Segundo as sondagens, os políticos estão realmente desgastados, mas o chefe do Executivo mineiro não sofre dessa corrosão de popularidade, ao contrário de nomes como o senador Aécio Neves (PSDB) que, da noite para o dia, viu o seu patrimônio político-popular desabar, depois de ter sido denunciado pelo delator da JBS.
Esse é o cenário no que diz respeito ao grupo da situação. Mas as oposições também estão se movimentando. Tem acontecido reuniões, encontros e visitas a lideranças de todas as regiões, além é claro, de conversas entre os representantes de diversas siglas partidárias. No momento, um dos nomes mais populares para um eventual confronto eleitoral com Pimentel é o ex-presidente da ALMG, Dinis Pinheiro (PP). Como é notório, desde o ano passado, ele tem circulado pelos quatro cantos de Minas. Se a eleição fosse hoje, ele reuniria em torno de seu nome, uma média de 7 a 8 partidos, inclusive o PSDB. Além disto, poderia contar com apoio de uma ala do PMDB. O seu diálogo continua fluindo, especialmente junto ao PTB, Democratas e outras grandes agremiações partidárias.
Filiado ao Partido Progressista, Dinis Pinheiro tem sido bem recebido por onde passa. De estilo simples, ele vai conquistando adeptos em suas andanças. Esse seu costume, por certo, tem conexão com sua experiência de deputado estadual mais bem votado da história do Estado por diversas vezes, além de ser ex-presidente da ALMG em dois períodos, quando despontou como um parlamentar de muito conceito nos meandros da Casa Legislativa.
Indagado, recentemente, sobre o seu futuro político, o ex-presidente se colocou na condição de um soldado a serviço do seu grupo político. Porém, ele avaliou positivamente a hipótese de aceitar o desafio de duelar com o atual governador Pimentel pelo pleito de 2018, se assim o seu grupo desejar.
As conversas sobre as eleições do próximo ano tem tomado conta da agenda dos políticos nas últimas semanas. E, invariavelmente, os compartes têm ouvido um prognóstico: o tucano Antonio Anastasia, atual senador, não almeja e nem quer ser candidato a governador. Assim, a sugestão é consultar entre os 7 deputados federais do próprio PSDB quem estaria disposto a entrar na briga para o pleito majoritário. Neste mesmo panorama, é possível um apoio a outro nome, oriundo de linhagem partidária fora do PSDB.
No PMDB, o maior partido de Minas, a situação também é de impasse. Tem o presidente da ALMG, Adalclever Lopes de um lado, reunindo os deputados estaduais, enquanto o vice-governador, Antônio Andrade aposta em uma propalada candidatura do deputado Rodrigo Pacheco. Aliás, o próprio Pacheco tem sido visto, constantemente, com o pré-candidato Dinis Pinheiro.