Os quatro primeiros jogos de Tite no comando da seleção brasileira nos trouxeram um alívio imenso na tabela e, da 6ª posição, pulamos para a liderança, que é o lugar em que sempre devemos ficar. Dunga não tinha boa relação com jogadores, com a imprensa, quis implantar um comportamento militar com direito a cartilha de boas maneiras. E o pior: nunca foi e dificilmente será um bom técnico. Tite abriu as portas de casa, recuperou jogadores, é atencioso, bem informado, fala com os técnicos das equipes brasileiras e assiste aos jogos nos locais, e não pela TV.
Deu uma parada técnica antes de voltar ao túnel e voltou melhor.
Tudo isso não quer dizer que a batalha da classificação está ganha e estamos prontos para a grande guerra de 2018. Falta muito, mas o importante é saber que o time tem um sonho, não há nenhum campeão do mundo no elenco e isto sinaliza uma vontade incrível, como aconteceu, por exemplo, nos jogos olímpicos com a seleção do Micale. Muitos estão hoje com Tite, e vale como experiência e aprendizado.
Temos dez jogos disputados e faltam oito. Alguns muito difíceis, como a Argentina no Mineirão, o Uruguai em Montevidéu, o Peru em Lima, a Colômbia em Barranquilla e a Bolívia na altitude de La Paz.
Não temos ainda a seleção dos sonhos, mas começam a aparecer nomes como Gabriel Jesus, Philippe Coutinho, Casemiro, laterais de primeira linha como Daniel Alves e Marcelo e a diferença que faz o Neymar em campo.
A 18ª e última rodada vai ser disputada no final 2017 e, até lá, alguma novidade pode aparecer, o que é comum no futebol brasileiro. A próxima partida é em novembro, contra a Argentina, no Mineirão. Os hermanos vão apostar todas as fichas, ainda mais contando com Messi, pois neste momento eles estão na zona de repescagem e ameaçados pelo Paraguai e Chile. O pesadelo de Dunga passou. A Rússia ficou bem mais perto.