Nos ambientes destinados a eventos, nas localidades onde as pessoas se reúnem ou, até mesmo, nos lugares de trabalho, quando se faz a pergunta clássica: “Se a eleição para governador fosse hoje, em quem você votaria?”. A resposta é sempre a mesma: Não sei, mas não quero votar em políticos profissionais.
Cientistas políticos de comprovada experiência, a exemplo do professor Malco Camargo entendem essa saturação em relação ao tema, mas, ele reafirma a sua convicção de que a democracia ainda continua sendo a melhor maneira de escolher quem comanda os destinos da nação. E tem mais: em sua avaliação, não existe democracia forte sem partidos políticos organizados e respeitados, inclusive pela população.
Novos nomes
Porém, não há necessidade de solicitar análise de especialista para perceber que a opinião da sociedade a respeito dos políticos não mudou desde o ano passado, diante de eleições emblemáticas de João Doria, em São Paulo, e Alexandre Kalil, em BH, além da renovação de mais da metade das Câmara de Vereadores, inclusive da capital mineira.
Neste sentido, abre-se uma larga avenida para políticos de atuação mais recente nos mandos eleitorais, pois eles têm efetiva possibilidade de convencer grande parte do eleitorado mineiro.
Tendo como base os nomes regionais, o destaque ficaria por conta do prefeito de Juiz de Fora, Bruno Siqueira, reeleito para um segundo mandato em sua cidade. Sua campanha de reeleição teve como foco as realizações de seu primeiro período à frente da prefeitura, mas, essencialmente, a sua probidade administrativa. Filiado ao PMDB Bruno teria dentro do próprio partido, concorrentes fortes: o deputado federal Rodrigo Pacheco, presidente da Assembleia, Adalclever Lopes e o parlamentar federal Newton Cardoso Júnior. A propósito: existe uma corrente dentro do PMDB apostando em um futuro promissor para Pacheco.
No âmbito do PSDB, afora os caciques Aécio e Anastasia, resta como opção, para uma empreitada diferente, o nome do novo prefeito de Contagem, Alex de Freitas, mesmo recebendo ofertas constantes para se filiar a outras siglas, ele continua no ninho dos tucanos e seu voo político pode ser mais amplo, mesmo porque ele é chefe de executivo do terceiro maior colégio eleitoral do Estado.
Com seus mais de 80 anos e muita experiência na vida pública, o atual prefeito de Montes Claros, Humberto Souto, é o espelho do político respeitado. Mas para empolgar a juventude e, especialmente, as mulheres de Minas, em uma eventual disputa majoritária, o seu nome dificilmente entraria na lista de prováveis pretendentes. No entanto, o seu vice-prefeito, Adauto Marques, é reconhecido como um cidadão probo, empresário de sucesso, bem ao estilo do perfil ambicionado por eleitores, principalmente, dos grandes centros, que têm apostado muito em candidatos de comprovada experiência na vida empresarial.
Mas, por hora, os mais lembrados para a disputa de 2018, continuam sendo o governador Fernando Pimentel, o senador Anastasia e o ex-prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda.