A realização dos grandes eventos na capital mineira tem mostrado que, além de serem vitrines de nossa cidade, são grandes movimentadores da economia. Recentemente, o BH Stock Festival reuniu 70 mil pessoas em quatro dias de evento, promoveu uma movimentação financeira de R$ 250 milhões e gerou 4 mil empregos diretos e indiretos.
A rede hoteleira celebrou uma ocupação atípica para o período: 75%. Turistas de diferentes partes do país e do mundo circularam pela cidade e criaram demandas de hospedagens, alimentação, transporte, comércio e serviços. Houve um impacto positivo além das pistas e o campeonato também cumpriu um importante papel social. Foram arrecadadas mais de sete toneladas de alimentos para o HUB Social, uma aceleradora de projetos sociais da capital mineira.
Mais de 5 mil ingressos foram distribuídos gratuitamente, garantindo a inclusão de diversos públicos, dentre eles cerca de 2 mil crianças de diversas frentes de combate à vulnerabilidade social, como os institutos Mano Down e Sérgio Sette Câmara. Podemos dizer, sem sombra de dúvidas, que o BH Stock Festival é mais um grande evento que coloca Belo Horizonte na rota do turismo internacional e promove a cidade como um destino diferenciado, que foge aos clássicos roteiros nacionais e mostra um novo Brasil para o mundo.
No mundo automobilístico, a capital mineira passou a ser chamada de “Mônaco Brasileira”. Entendo que é importantíssimo para Belo Horizonte atrair, cada vez mais, eventos de grande porte. Podemos ter como exemplo Rio de Janeiro e São Paulo, que têm em seus pilares econômicos eventos como Rock in Rio, The Town, Lollapalooza, Fórmula 1, desfiles de escolas de samba, grandes shows internacionais realizados com frequência, feiras de negócios nacionais e internacionais, além de serem rotas fixas de espetáculos itinerantes como Cirque Du Soleil, entre outros.
Na capital fluminense, a última edição do Rock in Rio, em 2022, injetou R$ 1,7 bilhão na economia. Para a edição deste ano, que será realizada em setembro, a previsão é de uma movimentação de R$ 2,7 bilhões, 58% a mais que a última. Já em São Paulo, a última edição do GP de Fórmula 1, realizado em novembro de 2023, bateu recorde de público e movimentação financeira.
O impacto econômico foi de R$ 1,67 bilhão e 267 mil pessoas aproveitaram o evento. Esses dados nos mostram o quanto grandes eventos são fundamentais para agitar a cidade, tanto no entretenimento quanto na economia. Sou um defensor de nossa cidade e, principalmente, do quanto ela pode crescer a nível nacional e internacional. Temos estrutura, hospitalidade, gastronomia, riquezas naturais e um pulsante setor de comércio e serviços que enriquecem o cenário de qualquer grande evento. O que nos falta é a desburocratização do setor de entretenimento, esforços para a atração de eventos e, sobretudo, fortalecer a autoestima belo-horizontina para acreditarmos que somos uma cidade de grandes eventos.