O mundo estará de olho na Olimpíada de Paris no dia 26 de julho, e o Brasil poderá ter a sua maior participação na história dos Jogos Olímpicos. Em 2021, na Olimpíada de Tóquio, o país bateu recorde de medalhas e atingiu sua melhor colocação no quadro de medalhas, e a expectativa para o evento deste ano é ainda maior. Desde 2022 os atletas brasileiros estão obtendo suas vagas para a disputa na capital francesa. Já são mais de 180 atletas brasileiros confirmados na competição, mas esse número deve aumentar até o início dos Jogos.
Na Olimpíada de Tóquio, a delegação brasileira terminou sua participação com 21 medalhas (7 ouros, 6 pratas e 8 bronzes). Atletas como a ginasta Rebecca Andrade, o surfista Ítalo Ferreira, a nadadora Ana Marcela Cunha, o canoísta Isaquias Queiroz, a skatista Raissa Leal, entre outros, foram grandes destaques do país no torneio, trazendo, inclusive, medalhas inéditas para a delegação. A expectativa do torcedor é de que os medalhistas em Tóquio se mantenham no pódio olímpico, mas também poderão ter novas surpresas de atletas brasileiros.
A Olimpíada é o maior evento esportivo, reunindo países de quase todo o mundo. Uma das principais etapas para chegar bem a uma Olimpíada é a logística: escolha de sedes da delegação, passagens aéreas, hotéis, transporte de materiais e equipamentos, deslocamento até os eventos, entre outros.
O Comitê Olímpico Brasileiro (COB) vem realizando um belo trabalho de organização em todos os sentidos, especialmente na parte logística. A escolha da base principal do Brasil nas Olímpiadas foi pela cidade de Saint-Ouen, localizada a apenas 6 km do Centro de Paris. O Brasil terá à disposição três espaços: o Château Saint-Ouen, o Ginásio das Docas e Serra Wangari, que servirão de locais para apoio dos atletas com o treinamento, recuperação, alimentação e até o recebimento dos familiares. Em Tóquio, devido à pandemia da COVID-19, todos os atletas e comissões tiveram que se alojar na Vila Olímpica da cidade, algo que será diferente na Olimpíada de Paris.
Uma logística tão detalhada para a preparação da delegação brasileira requer um alto investimento. Devem ser gastos cerca de R$ 52 milhões na logística de todos os materiais para as competições. Para permanecer nas instalações da cidade de Saint-Ouen, por exemplo, o COB fechou parceria com a prefeitura da cidade, dividindo os custos da base brasileira. O valor total foi de 400 mil euros (aproximadamente R$ 2,1 milhões na cotação atual), sendo que o COB custeou 200 mil euros para utilização do espaço durante os jogos.
É importante destacar que os recursos recebidos pelo COB são provenientes de apostas em loterias realizadas pela Caixa Econômica Federal. Em cada aposta, 1,7% vai para o COB e empresas que patrocinam a entidade. Além dos custos logísticos e operacionais, o COB também investe em premiação para os atletas medalhistas, de acordo com o posicionamento no pódio. Em Tóquio, o COB distribuiu R$ 4,6 milhões em bônus, sendo que os atletas campeões olímpicos em modalidades individuais foram premiados em R$ 250 mil.
A recompensa pela medalha de prata foi de R$ 150 mil e o bronze R$ 100 mil. Equipes com até seis atletas receberam os seguintes valores para serem divididos entre eles: R$ 500 mil (ouro), R$ 300 mil (prata) e R$ 200 mil (bronze). Já os atletas das modalidades coletivas receberam R$ 750 mil (ouro), R$ 450 mil (prata) e R$ 300 mil (bronze), também divididos.
Em Paris, os valores de premiação serão ainda maiores e organizados dessa maneira: individual R$ 350 mil (ouro), R$ 210 mil (prata) e R$ 140 mil (bronze). Para as competições de grupo de 2 a 6 atletas, a premiação será R$ 700 mil (ouro), R$ 420 mil (prata) e R$ 280 mil (bronze). Já as disputadas de coletivo (a partir de 7 atletas), R$ 1.050.000 (ouro), R$ 630 mil (prata) e R$ 420 mil (bronze).
Faltando pouco mais de 90 dias para o início dos Jogos Olímpicos de Paris, toda a preparação e organização do COB já está programada e a expectativa é a melhor possível. O Comitê está trabalhando com uma meta de ter cerca de 300 atletas durante os Jogos de Paris.
