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Quando Maduro, cai

Vou, também, meter meu bedelho nesta vergonhosa e assustadora crise política da Venezuela. Fruto do mais primitivo e absurdo atentado ao desejo popular, expresso pelo voto, o ditador Maduro, com sua junta militar, a verdadeira dona do poder, agride a liberdade de todos os povos ao se autoproclamar eleito.

Que as eleições estavam sendo manipuladas é de conhecimento internacional, acompanhado de perto pela imprensa e políticos do mundo. O CNE de lá, órgão eleitoral similar ao nosso Tribunal Superior Eleitoral (TSE), é dominado pelo presidente de plantão, assim como o seu Superior Tribunal. Ou seja, só existe um poder, e, como se dizia no passado: Se o rei mandar, obedecemos todos.

O Brasil, pátria escolhida por milhares de venezuelanos perseguidos, tem a responsabilidade de denunciar, não reconhecer esta absurda ofensa à liberdade. Não pode, não deve jamais aceitar uma manifestação como a que foi feita pelo partido do atual presidente brasileiro, que felicitou o ditador por sua “eleição”. E, ainda, ter a vergonhosa coragem de passar ao povo que tal manifestação foi feita sem o conhecimento dele, como se tivesse um mínimo de hombridade e capacidade de desafiar seu maléfico poder. Na verdade, confundem socialismo com ditaduras de esquerda, a exemplo de Cuba, Sudão, Coreia do Norte, China e outras mais. É a pior face do populismo e da conveniente e permanente pobreza, a grande massa necessária a sustentar tais regimes, assim como requer os manipuladores.

Em breve, e não terá outra saída, nosso presidente terá que assumir um lado – o da vergonhosa mentira ou a realidade dos fatos. Pelo seu perfil, escorregadio, não duvido que se manifestará a favor de Maduro, o que já deveria ter caído, e arrancar a máscara da face do que ele próprio gostaria de ser – um ungido e permanente ditador, assim como foi Vargas, o dono dos maiores desastres políticos de nossa história.

Ser o pai dos pobres é o sonho de todo totalitarista, populista, inimigo da educação, distribuição de riquezas, prosperidade e desenvolvimento. Basta olharmos os últimos indicadores da fome no Brasil, apontados pela ONU. Através de cinco de seus órgãos que estudam a fome no mundo, inclusive a FAO, metade da população brasileira passa pela insegurança alimentar, destes 25% tem o mínimo necessário para matar a fome e os outros 25% está abaixo da linha da miséria, ou seja, não tem o que comer. Curiosamente o Norte e o Nordeste são as regiões onde a miséria é mais acentuada, exatamente onde o atual presidente tem a maioria de seus eleitores.

A política social de inclusão dos necessitados na chamada “Bolsa Família”, tem se revelado um enorme fracasso depois de passadas quase três décadas. Boa política social é aquela quando saem os participantes, não quando entram mais, muito bem dito pelo ex-presidente norte-americano Ronald Reagan. Conhecimento deve ser o foco da boa política social, investimentos nos bons salários dos professores, aulas em tempo integral, especialmente na infância, alimentação na fase de seu desenvolvimento, e menos corrupção na saúde e educação. Resta o consolo de que todo fruto, ou com o trocadilho, furto, cai.