A Reforma da Previdência está deixando grande parte da população preocupada com o futuro, afinal as novas regras para conseguir o direito de aposentar aumentam o tempo de contribuição e a idade mínima para obter o benefício.
Pensando nisso, algumas pessoas estão optando por fazer a previdência privada. No entanto, neste caso, é preciso pensar em três fatores importantes: a modalidade, o regime de tributação e qual portfólio o plano contratado deve seguir. Várias instituições financeiras possuem simuladores para que o contratante decida em qual cartela investir. Segundo a Anbima, as taxas dos produtos bancários podem chegar a cerca de 3% ao ano, embora seja possível encontrar opções similares no mercado de 1%.
Marcelo Soares, atuário, consultor e professor da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas), explica que “a previdência a privada é um ‘self service’, quando mais produtos se coloca, mais caro fica”.
Atualmente, existem diferentes planos e que cabem em diversos bolsos, desde aqueles que contribuem com apenas R$ 30 por mês, aos mais caros, com o investimento mensal de R$ 2.000, sendo que o retorno será de acordo com o capital aplicado.
Segundo dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), são mais de R$ 550 bilhões aplicados nessa modalidade, uma das mais procuradas pelos brasileiros e considerada de baixo risco.
Plano B
Para investir é necessário que se tenha apenas uma conta bancária, independentemente de renda ou idade. O comerciante Mauricio Freitas, 49, escolheu investir na modalidade, mesmo sendo funcionário de uma empresa privada. “A nossa política é instável e as leis não funcionam. Além disso, tenho um tio que contribuiu a vida toda sobre o valor de 10 salários mínimos e recebe apenas três de aposentadoria”.
Freitas conta que possui dois planos de previdência: um na Caixa e o outro na Prudential, sendo que o segundo também é um seguro de vida, na qual ele pode receber se houver algo que o impeça de trabalhar – semelhante à uma aposentadoria -, ou para a sua família, após o seu falecimento. Entretanto, o comerciante ainda não se sente totalmente seguro com os serviços privados. “Por vivermos em um país capitalista, tudo gira em torno do dinheiro. Se a empresa não tiver capital, não vou receber e, consequentemente, fico sem investir”.
É importante destacar que, mesmo investindo na previdência privada, é obrigatório continuar contribuindo com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Se a pessoa possui carteira assinada, o valor será retido pela empresa, mas caso for autônomo, precisa-se pagar pelo menos 20% do salário mínimo, que é aproximadamente R$ 187,00. “A Polícia Federal consegue descobrir se esse valor é pago na declaração de imposto de renda. Caso não seja, ela pode ser presa por sonegação fiscal”, destaca Soares.
[table “” not found /]