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Sucessão de Fuad Noman na PBH já é debatida nos meandros políticos

Fuad Noman deve buscar voo próprio/ Foto: Amira Hissa

 

O segundo cargo político mais importante de Minas Gerais, para quem efetivamente disputa voto direto, é o de prefeito de Belo Horizonte, que possui milhões de eleitores. E, como não poderia deixar de ser, entra em pauta a sucessão do atual prefeito Fuad Noman (PSD).

Com relação a este tema, vale observar que existe todo um trabalho, coordenado pelo vereador Gabriel Azevedo, atualmente sem partido, no sentido de conquistar o apoio dos eleitores para ocupar a cadeira de chefe do Executivo da capital mineira.

É bom rememorar que o parlamentar, em sua primeira eleição ao posto de vereador, era parcerio político do então prefeito Alexandre Kalil (PSD). Essa aproximação de ambos não durou muito e ele começou a fazer oposição a Kalil, conquistando à época uma considerável notoriedade. Sua popularidade cresceu ao longo desses seis anos, quando sempre debateu temas polêmicos e de grande repercussão. No entanto, Azevedo é um político que circula na classe média, sem muita inserção junto ao povão de BH.

Nomes em pauta para 2024

Relativamente ao prefeito Fuad Noman (PSD), comenta-se que ele sempre esteve presente nas administrações tucanas passadas. Assim, a sua possível candidatura à reeleição agradaria aos grupos políticos que, recentemente, dominaram o município, inclusive por intermédio do então prefeito Marcio Lacerda.

Quando o assunto é Kalil, tem gente dizendo que ele foi fiel ao seu ex-titular até o dia da eleição ao governo de Minas. Agora, deve buscar voos próprios para seus novos projetos. Em outras palavras, iria procurar aglutinar forças políticas e trabalhar sua imagem, tentando ser um prefeito proativo para entrar na peleja daqui a dois anos.

Por enquanto, os bolsonaristas não querem discutir o assunto. Isso não impede avaliação feita por amigos do deputado federal Nikolas Ferreira (PL) e do estadual Bruno Engler (PL).

Neste sentido, Nikolas pode levar vantagem. O vereador de Belo Horizonte, na comparação com o seu parceiro de partido, conquistou cerca de 1,5 milhão de votos, sendo mais de 300 mil, , algo aproximadamente 20% dos sufrágios, apenas na capital. Os matemáticos da política mineira observam que o problema vai ser administrar a vaidade de ambos.

Se a eleição fosse hoje, provavelmente, o PT indicaria o nome da deputada reeleita do partido, Beatriz Cerqueira, para enfrentar esse projeto de eleição à PBH. Nesta última peleja, ela recebeu o apoio de mais de 40 mil eleitores. Mas, como a tradição entre os petistas é realizar reuniões para tudo, com certeza, esse assunto no âmbito da sigla vai obedecer a uma longa fila de debates para não fugir à cartilha deles.

Nomes fortes

A atual vereadora e eleita deputada federal, Duda Salabert (PDT), em determinado momento, também pode aceitar esse desafio e colocar o seu nome à disposição para o pleito.

Um dos ícones da radiofonia mineira, o jornalista Eduardo Costa, não esconde de ninguém que está no páreo, esperando apenas o momento certo para se inserir nessa peleja. Ele, como se sabe, teve o incentivo do governador Romeu Zema (Novo). Muito possivelmente terá a benção do presidente da Rádio Itatiaia, o empresário Rubens Menin, sendo ele o comandante- -mor da emissora de Minas e uma das maiores do Brasil. Essa conjuminância de fatos e apoios poderiam tornar o projeto de Eduardo ainda mais forte.

Em síntese, o certame é daqui a dois anos, mas as cartas começam a ser jogadas a partir de agora.