Nos maiores municípios mineiros, enquanto os prefeitos cuidam dos assuntos relacionados à COVID-19, seus opositores fazem política o tempo todo. Assim tem sido, por exemplo, em Juiz de Fora: se o pleito fosse agora em julho, o atual prefeito Antônio Almas (PSDB), pré-candidato a reeleição, teria muitos adversários como a deputada estadual delegada Sheila Oliveira (PSL), a delegada Ione Barbosa (Republicanos), o delegado aposentado José Armando da Silveira, o empresário Wilson Rezende (PSB) e, por fim, a deputada federal Margarida Salomão (PT), que já disputou o cargo três vezes.
Com elevado índice de popularidade, o prefeito de Montes Claros, Humberto Souto (PPS), assiste a uma enorme briga de parceiros que querem ser seu vice na eleição. Nessa peleja, muito provavelmente o deputado federal Marcelo Freitas (PSL) saia vitorioso, a quem caberá indicar um político de sua confiança para participar do pleito como vice. Atualmente, o nome com mais força para disputar com Souto é o do ex-prefeito Ruy Muniz, que responde a denúncias e processos.
O PT de MOC concorrerá à eleição através da deputada estadual Leninha, de acordo com o resultado da última reunião da sigla. Ainda no tangente a Montes Claros, o grupo do deputado estadual Gil Pereira (PP) trabalha visando indicar um vice para compor chapa com Souto. Mas, por enquanto, esse assunto ainda está sendo motivo de discussão. Aliás, Gil chegou a ser citado para enfrentar a disputa deste ano, entretanto, como já tentou outras vezes sem sucesso preferiu participar de forma indireta.
A popularidade do prefeito de Uberlândia, Odelmo Leão (PP), também é considerada elevada. Ele, de acordo com avaliação, deverá ser reeleito ainda no primeiro turno, isso levando em consideração a avaliação do momento. No entanto, a oposição local pretende estruturar um nome forte para enfrentá-lo, o que ainda não existe. O ex-deputado Felipe Attiê chegou a esboçar reação, mas, até agora, não vingou. O grupo do deputado tucano Luiz Humberto cogitou sobre a possibilidade de indicá-lo para a eleição, o mesmo aconteceu com o deputado do MDB, o empresário Leonídio Bouças, mas os dois sequer querem discutir o tema. Contudo, é evidente que vão participar do evento com bastante força nos bastidores.
Em Betim a ex-deputada e ex-prefeita Maria do Carmo Lara (PT) está entusiasmada para enfrentar o atual prefeito Vittorio Medioli (PSD).
Em Contagem, diante da desistência do prefeito Alex de Freitas em buscar a reeleição, o nome do momento é o da petista Marília Campos. Claro que vão aflorar novas sugestões no início de julho. Enquanto isso, o veterano político Ademir Lucas, que já comandou a cidade em três oportunidades, se declara candidato, desta vez com uma boa estrutura de campanha, segundo fontes. No município, um dos maiores colégios eleitorais de Minas, a novidade pode ser a presença do deputado federal Newton Cardoso Júnior (MDB). Existem ainda outros nomes no páreo: Coronel Antonio Fiuza, Alfredo Cardoso, vereador Wellington Ortopedista (PDT) e o deputado professor Irineu (PSL).
Em Coronel Fabriciano, uma das maiores cidades do Vale do Aço, o atual vice-prefeito, Gregório da Retifica (PTB), se rebelou e definiu ser candidato, ou seja, vai bater de frente com o atual prefeito, o tucano Marcus Vinicius. Pelo PT, a dobradinha será reforçada pelo ex-prefeito Chico Simões, candidato mais uma vez, e o ex-presidente da Câmara, o vereador Marcos da Luz, que é seu parceiro de chapa.
Ainda no Vale do Aço, a incógnita em Ipatinga é saber se o ex-prefeito Sebastião Quintão (MDB) pode ou não se candidatar. Caso sua proposta seja levada ao aval dos eleitores, ele terá de enfrentar um ex-aliado, o atual prefeito Nardyello Rocha (Cidadania).
