Impressionante, mas economia no Brasil não é para os fracos. A cada dia que passa as notícias ganham maior espaço na mídia e alavancam milhões de especialistas. Por exemplo, a manchete do nosso Edição do Brasil de 21 de fevereiro foi a safra recorde de grãos prevista para esta colheita em Minas Gerais. Os dados da matéria do nosso companheiro Igor Dias foram divulgados pela Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB).
Nem com essa previsão oficial a população vai ter o prazer de ter comida barata em sua mesa. A briga de egos entre o governador de Minas e o governo federal não se preocupa com a comida na mesa dos eleitores. Zema vive em um mundo paralelo e não parece pensar em ninguém além dos clientes de sua rede de lojas.
O governo luta para conseguir baixar os impostos da cesta básica e Zema só cria problemas. Dirige um Estado que já tem uma dívida bilionária com a União e que ao longo dos seus mandatos só conseguiu duplicá- -la, mas insiste em não cumprir acordos propostos. Quer seguir a instrução de seu partido, o Novo, ser oposição ao governo mesmo quando, de outra forma, poderia beneficiar o povo.
Para uma coisa não existe explicação, produtores jogarem comida fora. Toneladas de alimentos são dispensadas diariamente em um país de esfomeados. Como podem fazer isso? Dessa forma, o que imaginar que farão com a safra recorde de grãos em Minas? Mesmo com os acordos, reuniões, decisões, portarias, decretos, os alimentos continuam em alta.
O tomate está com preços nas alturas, e o café nem se fala. Sem contar o ovo que está virando caviar na mesa do brasileiro. Mas quem se importa? Parece que os partidos de oposição ao governo se preocupam muito mais em defender os produtores, sendo que foram eleitos para defender os interesses do povo, e a fome é uma delas.
É preciso que alguém possa ceder para atender a todos. O país está produzindo e bem. Mas não adianta só mostrar números. Ninguém come números. É preciso que essa produção chegue às nossas mesas. Alterar o peso das embalagens e data de vencimento não vai solucionar o problema. Ultimamente passamos a discutir economia como se discute o futebol. Tudo parece mudar os rumos da economia mundial e consequentemente no Brasil.
O maluco do Trump dá um “pum” e a bolsa cai, o dólar sobe e já tem gente falando em crack na Wall Street. Na última terça-feira, enquanto produzia este texto, apareceu uma notícia em rede que o tal do Musk, aquele do foguete e do carro elétrico, tinha perdido 140 bilhões de dólares em ações. Esse que, com certeza, não tem nenhuma preocupação com arroz e feijão na mesa de ninguém. Mas essa perda mexeu com o mercado no mundo inteiro. As causas naturais, como seca ou mesmo muita chuva, já não causam a alta do preço dos alimentos. Agora o grande vilão é o mercado. Não o supermercado, que é outro braço nesta guerra da comida na mesa. A bolsa cai, o tomate sobe o preço. Vira ouro. Chegou a R$ 14 o quilo nos sacolões. A banana com casca, como recomenda o Zema, chegou a R$ 12. Deu uma recuada, mas continua a R$ 8 o quilo em média. A verdade é que vivemos sem nos importar com o outro.
No Carnaval, centenas de ambulantes investiram tudo que tinham na compra de cerveja para a revenda nos dias de folia. Tiveram prejuízo. Compraram por R$ 3 ou até R$ 4 e queriam vender a R$ 10 ou R$ 12. Trezentos por cento de lucro! Como o salário do Zema. E agora? Temos estoque da gelada para vender nas procissões da Semana Santa.
Pitaco 1: Lula veio a Minas, Zema foi lá e meteu o pau no Pimentel que deixou uma dívida grande no Estado. Tem 6 anos e ele só fala nisso. Duplicou a dívida e não pagou. Mas não esquece.
Pitaco 2: Insulina desaparece das farmácias. Diabéticos estão alarmados. Assim como a doença, autoridades ficam em silêncio.
Pitaco 3: Milton Nascimento recebeu homenagem da Portela. Merecida, é claro. Mas poderia ser melhor. Ele foi tudo no desfile e mostrou porque é Milton. A escola ficou devendo até mesmo o samba. Para quem tem um refrão lindo em “Maria, Maria”, escutar “Cheguei com meu povo, mesmo sentimento, onde Candeia é chama, brilha Milton Nascimento” é muito pouco.