Há uma controvérsia em relação ao número de pessoas nas ruas de Belo Horizonte, durante o período de Carnaval deste ano. Os órgãos oficiais propalaram cerca de seis milhões de foliões, embora a própria mídia especializada venha na direção contrária, considerando o número exagerado. Nenhum dos lados conseguiu ser preciso em suas falas, mas o fato é que a Festa Momesca da capital foi a maior de todos os tempos, atraindo gente da própria cidade e também turistas de vários pontos do Brasil e até do exterior.
Esse evento popular não ficou apenas em BH. Pelo contrário, em centenas de cidades do interior, a festa tomou conta das ruas e levou multidões às praças dos municípios com tradição no certame, como São João del-Rei, Ouro Preto, Diamantina, Mariana, Tiradentes, São Lourenço e tantas outras comunidades.
Se há divergências quanto ao número de participantes nos festejos, por outro lado é notório que um item preponderante funcionou em Belo Horizonte e nas demais localidades. De acordo com estatísticas das Forças de Segurança, não aconteceram intercorrências medonhas, ou seja, o número de episódios foi mínimo, se levar em consideração a quantidade de participantes nos logradouros. Por isso, é bem possível que vingue o slogan: “Carnaval em Minas é o mais seguro do Brasil”.
Quem teve a oportunidade de participar das festividades de BH, constatou a completa influência dos ritmos baianos durante apresentação das centenas de blocos nas ruas do Centro e Zona Sul da cidade. Nos últimos dez anos, os embalos e as cadências vindos de Salvador passaram a fazer parte do reportório dos animadores e dos cantores das dezenas de trios elétricos.
Como não é possível agradar a todos, uma fala do prefeito interino, Álvaro Damião (União Brasil), provocou uma controvérsia. Ele disse que o ideal é contratar mega shows para as próximas empreitadas neste ramo. Logo apareceram discursos contrários a essa ideia, pois, para muitos organizadores, a presença dos foliões no evento foi a partir de uma mobilização e organização de dirigentes de Grupos de BH.
Para esses manifestantes, há uma dificuldade dos organizadores para manter os participantes ativos em todas as ocasiões momescas. Até porque, convém sempre rememorar um ditado popular: “não se deve mudar aquilo que já deu certo”. Em verdade, os mineiros devem ficar orgulhosos pela inclusão de BH/Minas Gerais no calendário nacional como um dos destinos preferidos deste evento popular.