Com uma proposta multidisciplinar de apresentar o universo da produção cinematográfica de documentários, aliado à temática ambiental, a segunda edição da Oficina Curta Ambiental aconteceu na cidade de Ponte Nova, na Zona da Mata Mineira. O objetivo do projeto foi despertar nos alunos participantes uma visão mais atenta ao meio ambiente, além de incentivá-los a refletir sobre ações de sustentabilidade.

Os participantes da oficina, moradores de Ponte Nova, tiveram aulas focadas na conscientização ambiental e aprenderam técnicas de roteiro, produção, direção, direção de fotografia e captação de som. “Depois desse contato inicial, eles mergulharam no universo da produção cinematográfica. A proposta incluiu a criação de um filme, o desenvolvimento do roteiro, escolhido com base nas sugestões da turma, e, no último dia, a oportunidade de vivenciar um set de filmagem profissional. Foi um processo de 24 horas de aprendizado que culminou na produção do curta-metragem idealizado pela própria turma”, explica Mônica Veiga, produtora da Atlântico Filmes.

Uma das participantes da oficina foi a estudante Isabella Lana. Ela relata que a experiência foi enriquecedora, especialmente para compreender o funcionamento de uma produção audiovisual. “Sempre tive curiosidade em produzir e atuar em alguma obra. Foi muito interessante entender como cada etapa acontece”.

“Pude explorar áreas como câmera, som, produção e direção. Nesse curta-metragem, tivemos a chance de experimentar um pouco de tudo, e achei isso muito importante”, complementa.

Mônica destaca que o projeto representa uma oportunidade de levar o ensino do audiovisual para diferentes cidades. “Esse conhecimento é muito caro de se adquirir. Por exemplo, um curso de roteiro, mesmo que breve, pode custar até R$ 5 mil. Além disso, enfrentamos dois desafios: a concentração geográfica e a concentração de renda. Um dos pilares da nossa produtora é justamente descentralizar o acesso ao conhecimento audiovisual, oferecendo qualidade para pessoas que dificilmente teriam essa oportunidade”.

O curta-metragem documental abordou a temática do lixo urbano, propondo alternativas para a ressignificação dos materiais descartados pela população. Isabella acredita que o documentário contribuirá para conscientizar as pessoas sobre a geração e reciclagem de resíduos. “Jogar um papel no chão traz muitas consequências. Acho que, ao mostrar que existem alternativas para o lixo, podemos, pouco a pouco, construir um mundo melhor”.

O filme estará disponível em breve no canal da Atlântico Filmes no YouTube. Mônica destaca que os alunos mostraram bastante envolvimento durante as filmagens. “O resultado foi muito satisfatório. Eles aceitaram o desafio e entregaram um trabalho incrível. Agora, aguardamos a finalização do filme para celebrarmos juntos essa conquista”, conclui.