A Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Empresa Municipal de Turismo de Belo Horizonte (Belotur), em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae Minas), lançou o inventário com 30 estabelecimentos históricos da capital mineira para o projeto “Bares com Alma”. A iniciativa homenageia e reconhece bares notáveis que contribuíram para a rica história gastronômica de BH. A ação marca os cinco anos da conquista do título de Cidade Criativa da Gastronomia, concedido ao município pela Unesco em 31 de outubro de 2019.
O projeto visa realizar um mapeamento e sugerir diversas iniciativas para promover a visitação e a sustentabilidade desses símbolos da cultura boêmia da cidade, criando condições para que esses bares se fortaleçam e continuem sendo apreciados tanto por locais quanto por turistas. Também busca valorizar e preservar o patrimônio material e imaterial desses estabelecimentos, ao mesmo tempo em que ressalta a diversidade gastronômica da cidade.
Para o gastrônomo Rodrigo Ribeiro, a experiência de beber e comer em Belo Horizonte vai além da simples visita a um bar. “Cada esquina da cidade oferece uma possibilidade única de imersão em sua cultura. O bairro da Savassi, por exemplo, é conhecido por sua variedade de bares e restaurantes que agradam desde os mais velhos até os mais jovens, com ambientes sofisticados e cardápios inovadores. O Mercado Central também é um lugar emblemático, com seus bares de petiscos e comida típica mineira, como o famoso fígado com jiló, torresmo, queijos, doces e cachaças premiadas”.
“A gastronomia é uma verdadeira arte, e os botecos têm papel central. A comida de rua da cidade, com pratos simples e saborosos, tem um apelo irresistível. O feijão tropeiro, a carne de sol, o frango com quiabo e, claro, o pão de queijo, são apenas alguns exemplos do que a cidade oferece. Nos bares, é comum ver grupos de amigos se reunindo para degustar esses pratos enquanto desfrutam de uma boa cerveja gelada ou um drinque diferenciado”, diz.
O projeto “Bares com Alma” engloba estabelecimentos tradicionais que, com pelo menos 30 anos de operação, são reconhecidos por sua relevância histórica, gastronômica e cultural, oferecendo experiências inesquecíveis aos seus frequentadores. Eles representam elementos distintivos da cidade, tanto em termos de localização quanto de história. A seleção também levou em conta os responsáveis por esses bares, assegurando uma curadoria diversa e representativa da população local.
Segundo Ribeiro, o sucesso de Belo Horizonte não se reflete apenas no cenário social e cultural, mas também na economia local. “A cidade gerou milhares de empregos diretos e indiretos a partir da proliferação de bares, restaurantes, microcervejarias e festivais. Além disso, o reconhecimento como um polo gastronômico estimulou o empreendedorismo, com novos bares e estabelecimentos abrindo portas e impulsionando a economia criativa”.
“A crescente relevância do turismo gastronômico também ajudou a consolidar o título de Belo Horizonte como a capital dos bares. Tour gastronômicos, festivais de cerveja e eventos voltados para a culinária e bebidas locais atraem turistas de todo o Brasil e até de fora, interessados em conhecer e vivenciar o que há de melhor na gastronomia mineira”, conclui.
Lista “Bares com Alma”
Bar do Daniel, Bolão Santa Tereza, Café Palhares, Bar do Zezé, Cantina do Lucas, Bar do Nonô, Bar do Orlando, Bar do Baiano, Leiteria Casa Branca, Mercearia Zé Corrêa, Bar do Valle, Bar do Júnior, Bar do Caca, Bar do Caixote, Bar do Zé Luiz, Bar do Tatu, Bola Bar, Opção, Mercearia Zé Totó, Bar Biluia, Bar da Lora, Bar do Toninho, Mercearia Pérola do Atlântico, Bar do Careca, Antônio e Marcão Bar, Tonel da Pinga, Taberna Baltazar, Bar do Geraldin da Cida, Katanga, Bar da Cida – Floramar.