Neste começo de semana, Belo Horizonte deve voltar a sentir os problemas diários do nosso caótico trânsito e também dos transportes coletivos. Tudo em função do retorno às aulas depois de um agitado período de férias escolares.
Vamos voltar a enfrentar as filas duplas nas portas das escolas e os empurrões para conseguir uma vaga nos transportes públicos, no nosso caso, os belo-horizontinos, o ônibus e o metrô, opções que nos são oferecidas.
Nem mesmo o curto período de descanso serviu para nossas autoridades pensarem em soluções para os problemas já conhecidos, o metrô por exemplo. Algumas estações passam por reformas e isso vem causando um atraso nas viagens, o que faz com que os vagões estejam sempre cheios. Mas, vamos falar das férias escolares. Pouco mais de duas semanas que acabam se transformando em séculos para alguns pais. A prova disso vimos nos shoppings, cinemas e até nos supermercados. Um aumento considerável de frequentadores e algazarra o tempo todo. Nos supermercados, a meninada correndo, empurrando carrinhos e levando bronca dos pais, às vezes.
Numa tarde, em um supermercado da região Nordeste, presenciei uma mãe brigando com os filhos na gôndola de chocolates. A mãe gritava aos quatro cantos que não aguentava mais e não via a hora das férias chegarem ao fim para que “os pestinhas” voltassem para a escola. Como se os professores fossem os culpados. Coitados! Acho que eles, ao contrário, preferem férias para sempre.
O período de férias é, também, a oportunidade de conhecer pontos culturais e de lazer. Museus, parques, praças, teatros e até restaurantes. Mas não é uma tarefa fácil. Em todos os pontos, filas e mais filas. Fila para entrar, para sair, para comer, para o banheiro. Fila até para entrar na fila. Mesmo aqueles mais prevenidos que buscaram ingressos pela internet, tiveram que enfrentar uma fila.
Em uma exposição no CCBB, por exemplo, crianças e adultos sofreram sob um sol que não foi informado da chegada do inverno. Lembrando que muitos desses programas são feitos com os avós, porque estão aposentados e liberados para aguentar o tranco. O Parque Municipal foi uma boa opção. Brinquedos baratos, ambiente limpo e acessível a todas as classes, mas também com muita fila. Alguns eventos tipo feiras, em pontos distintos da cidade, também fizeram parte do calendário de férias. Teve para todos os gostos, mas sempre com a danada da fila presente.
No último domingo de julho, teve a feira do pastel em Santa Tereza que reuniu milhares de pessoas. Tinha uma baita de uma fila para pagar o pastel. Confesso para vocês que não sou adepto a filas, não que não as respeite, só evito mesmo. No começo do ano, estive viajando para Portugal e deixei de conhecer alguns cartões-postais do país em função de filas. Fomos a uma casa de fado, como tinha fila, saí fora. É o país das filas. Como dizem por lá, as “bichas” estão por todos os lados. Lá, como cá.
Pitaco: Difícil acreditar que as eleições na Venezuela transcorreram dentro da legalidade. Como não aceitar a fiscalização de representantes de países que foram convidados e anunciar um resultado sem apresentar os boletins. Coisa estranha. Também foi meio precipitada a decisão do PT de reconhecer a vitória de Maduro antes de acabar o processo. Até a produção desta coluna, tudo nebuloso.
Pitaco 2: Estranho também o governo Zema não abrir a boca para explicar porque um de seus servidores, Leonardo Vitor, diretor de programação e conteúdo da Empresa Mineira de Comunicação não ser encontrado para assinar um mandado de intimação de uma comarca de Contagem. Já foram expedidos 16 mandados e ele nunca é encontrado. Ou se esconde bem ou é amigo do Oficial de Justiça. Dizem que foi a Paris para a cobertura das Olimpíadas. Muito Chique!