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Redes sociais e eleições

Os marqueteiros de campanhas políticas sempre foram eficientes na popularização de candidatos. Nos dias atuais, para conseguir influenciar os eleitores, esses profissionais carecem antes de incutir no subconsciente dos políticos a utilização da propalada rede social. Em uma análise mais singela, as campanhas não são mais como no passado, passando a ser conduzidas, neste limiar do século 21, principalmente através da internet.

É um ledo engano de muitos representantes do marketing digital pensar que apenas o impulsionamento da propaganda nas redes sociais de candidatos a cargos públicos garante o sucesso esperado. Segundo vaticina o consultor em comunicação política, Cristiano Melo, ouvido pela imprensa, recentemente, esse modelo de atuação termina frustrando as expectativas.

Não há muito o que inventar nessa seara, tanto que os especialistas no tema apresentam uma espécie de pacotes semiprontos, incluindo artes gráficas, para todos os candidatos. O maior problema é o engajamento do eleitor, pois as mensagens chegam até eles de forma pasteurizada e sem muitas novidades. Para complicar, ainda existe a dificuldade para turbinar nomes pouco conhecidos.

Os candidatos ao cargo de vereador ou até mesmo os interessados em conquistar as prefeituras, inclusive de pequenas cidades pelo Brasil afora, têm adotado a estratégia de caminhar pela nacionalização das suas respectivas campanhas.

Por estas e outras razões, tem aumentado cada vez mais a polarização entre lulismo e bolsonarismo ao longo dos meses, estabelecendo um cenário difícil de se prever o que vai acontecer nas eleições de outubro deste ano, onde as discussões, especialmente nas cidades menores, são acaloradas e com um viés de truculência verbal.

Seria bom os candidatos se dedicarem apenas a externar os seus projetos com o público, além de fazer contatos diretos com a população, o que certamente seria um instrumento eficaz nessa peleja. Ademais, o Tribunal Superior Eleitoral implementou regras muito rígidas para o uso da ferramenta digital nas campanhas de 2024.