Local servirá para fomentar a educação e preservação ambiental
Em parceria com a Casa Joc Maria Floripes, o Parque Gentil Diniz, no bairro Nossa Senhora do Carmo, foi o local escolhido para sediar o primeiro meliponário urbano de Contagem e está disponível para visitação desde o dia 26 de outubro. O espaço consiste em um conjunto de colmeias de abelhas sem ferrão de diversas espécies, como Jataí, Mandaçaia, Mirim Droryana e Iraí, em uma prática conhecida como meliponicultura, que tem como objetivo disseminar o manejo das abelhas nativas para auxiliar na polinização e na formação de corredores ecológicos.
A meliponicultura é diferente da apicultura, porque nessa última são criadas abelhas com ferrão. Além disso, no caso do meliponário no Gentil Diniz, a produção de mel será limitada e destinada ao consumo das próprias abelhas. Ele será utilizado como um museu vivo, onde os visitantes terão a oportunidade de observá-las em suas colmeias, e as escolas poderão participar de trilhas guiadas para aprender mais sobre esses polinizadores. Para homenagear uma importante personalidade da cultura e religiosidade afro-brasileira de Contagem, o meliponário recebeu o nome de Mãe Rita.
O diretor de Parques de Contagem, Rafael Mendes, enalteceu o projeto e o classificou como um espaço inovador e educativo. “Estamos muito gratos, felizes por termos sido procurados e por sermos parceiros nessa iniciativa. Esperamos que a população de Contagem visite o parque com frequência, se aproprie dele e o transforme em um grande atrativo cultural e ambiental municipal”.
O projeto do meliponário urbano foi idealizado pelo professor Giovanni Climaco, um apaixonado por meliponicultura. Ele explica que a iniciativa surgiu após um de seus amigos, que também é fascinado por abelhas, lhe introduzir nesse universo. “Enquanto professor de Geografia, entendi que era uma missão, uma maneira de melhorar e de levar um pouco mais de qualidade de vida para o meio urbano. Esperamos que esse projeto faça com que a polinização se torne uma realidade no município”.
Para a moradora Silvana Maria Rodrigues Carvalho, iniciativas assim são de extrema importância para as práticas sustentáveis, conservação e recuperação do meio ambiente. “Tudo requer tempo para amadurecer. Saber que, a partir de agora, as pessoas podem ter condições de criar algo semelhante em seu próprio ambiente faz uma diferença imensa”, salientou.
O meliponário foi financiado pela Associação Nacional dos Trabalhadores do Banco do Brasil (ANABB), que planeja construir mais duas unidades, uma na Casa da Joc e outra na avenida Teleférico. O representante da ANABB, Francisco Alves, popularmente conhecido como Chichico, explicou que esse é um presente da associação para a cidade, com o objetivo de desenvolver e fomentar o estudo da meliponicultura. “Isso pode ser um ponto de partida para a criação de corredores ecológicos, tornando Contagem uma referência no avanço da preservação ambiental, contribuindo para a preservação da vida, da natureza, da água e da biodiversidade”, explicou.