O colesterol é um tipo de gordura que faz parte do nosso corpo e é fundamental para a saúde. Está envolvido em diversos processos no organismo, como a formação de membranas celulares, a produção de ácidos biliares (úteis para a digestão), a síntese de vitaminas (como a D) e hormônios sexuais. Porém, quando em excesso, também pode aumentar consideravelmente o risco para eventos cardiovasculares graves, como infarto e acidente vascular cerebral (AVC). Conforme a Sociedade Brasileira de Cardiologia, cerca de 4 em cada 10 pessoas adultas têm um nível alterado de colesterol no Brasil, ultrapassando os números dos Estados Unidos.
O cardiologista Henrique Patrus, da Unimed/BH, explica que são três tipos de colesterol, o HDL, LDL e VLDL. “Essas siglas significam baixa densidade, muito baixa densidade e alta densidade. Cada um tem um papel diferente na circulação e o mais conhecido é o LDL, que é o colesterol ruim e é considerado o mais maléfico para o organismo, enquanto que o HDL é o colesterol bom, sendo que se estiver alto, pode até ter um efeito protetor”.
Ainda conforme Patrus, o colesterol alto é quando esses níveis de LDL estão elevados na circulação sanguínea, medidas através do exame de laboratório. “As sociedades científicas nacionais e internacionais estabelecem um nível seguro para a dosagem da doença. Este valor, entretanto, é variado entre as pessoas. Ou seja, para cada paciente e risco pessoal, estabelece-se uma meta”.
Ele destaca que essa é uma doença do metabolismo do corpo. “A elevação do colesterol não causa sintomas. Porém, aumenta a possibilidade de acúmulo de placas nas artérias, que pode levar a outras patologias em todos os órgãos principais do organismo, como coração, cérebro, rins e circulação, especialmente nas pernas”.
O cardiologista acrescenta que as pessoas que mais merecem a atenção com essa patologia são os que têm fatores de risco ou doenças cardiovasculares. “Aqueles pacientes em que o tratamento do colesterol se torna obrigatório, por exemplo, os que já foram vítimas do infarto agudo do miocárdio, AVC, enfermidade renal ou das artérias dos membros inferiores. E também os diabéticos, os tabagistas, os hipertensos e quem tem um histórico familiar de doença circulatória”.