O sonho dos atleticanos virou realidade. Está inaugurada a bela Arena do Galo, ou melhor, Arena MRV. Um gigante lindo, moderno, bem estruturado. Sua presença pode ser observada em diversos pontos da cidade. É o novo cartão-postal da capital mineira.
Detalhes internos e externos ainda passam por ajustes. O grande problema agora é a melhoria das vias de acesso, especialmente dentro do bairro. A nova casa do Galo vai transformar a região onde foi construída.
É praticamente uma nova cidade dentro de um bairro antigo. Construída para sediar jogos de futebol e outros eventos de todos os tipos. Está no mesmo patamar das melhores arenas do mundo. Um golaço marcado pelo Clube Atlético Mineiro por intermédio dos seus grandes craques fora de campo. Rubens Menin, Rafael Menin, Ricardo Guimarães, Rafael Salvador e da diretoria atual comandada pelo presidente Sérgio Coelho. Sem dúvida alguma, um marco histórico para Minas Gerais.
E se temos uma nova arena, não podemos deixar cair no esquecimento o nosso glorioso Mineirão. Inaugurado em 1965, renovado para a Copa do Mundo de 2014, o gigante da Pampulha continua gigante, imponente, moderno e preparado para receber com qualidade os eventos esportivos ou de entretenimento.
O Mineirão, maior de Minas, faz parte da história do futebol mineiro. Várias gerações de torcedores viveram ali grandes emoções. Centenas de craques nacionais e internacionais já desfilaram sua arte em seu gramado. Da mesma forma, astros e estrelas já realizaram shows inesquecíveis dentro e fora do gigante. Esta história continua. Coube ao Mineirão colocar Belo Horizonte dentro do circuito nacional e internacional do esporte e do entretenimento.
Aos 58 anos de vida, o Mineirão continua jovem e ativo. Bem organizado para receber o público e também eventos de qualquer natureza. Ao que parece, vai servir a partir de agora de forma mais efetiva ao Cruzeiro Esporte Clube, com justa razão. Entretanto, vai continuar atendendo demandas dos demais clubes e da agenda de eventos.
Aliás, conseguir alinhar o calendário de jogos com a data de outros eventos nas grandes arenas vai depender de planejamento bem profissional. Estes espaços enormes, com alto custo de operação e manutenção, precisam de atividades constantes para gerar receita, pagar suas despesas e oferecer lucro para os empreendedores. Não tem outro jeito.
Ao lado das arenas citadas, Belo Horizonte é o berço do tradicional Estádio Independência ou simplesmente campo do sete no bairro do Horto. Inaugurado nos anos 1950 para servir como uma das sedes da Copa do Mundo daquele ano. Pertencia ao Sete de Setembro, servindo também para jogos dos demais times da cidade. No início dos anos 1970, foi transferido para o Governo de Minas e depois para o América Futebol Clube. Passou por várias reformas. Foi modernizado e virou arena. É um espaço de tamanho médio, muito aconchegante e bem administrado. O gramado é muito bom. Tem problemas de estacionamento e realização de eventos. Está localizado em região muito urbanizada e com ruas apertadas.
Em resumo, Belo Horizonte está muito bem servida em termos de arenas para esportes e demais eventos. Precisamos melhorar é o sistema viário para estes locais. Desde sempre, a prefeitura só faz improvisações, a maioria ruins. Não temos um plano de ação eficiente. E pelo interior, temos várias boas praças esportivas. Podemos citar Uberlândia, Uberaba, Juiz de Fora, Ipatinga, Muriaé, Pouso Alegre e algumas outras menores.
Quase todas de propriedade das prefeituras. Em geral, a operação e a manutenção não são eficientes. As verbas disponibilizadas não atendem às necessidades. Boa parte dos prefeitos acreditam que esporte é gasto e não investimento. Alguns clubes do interior têm estádios próprios. Pequenos, apertados, precisando de obras, mas falta o principal: dinheiro.
Seria interessante se o governo, estadual ou federal, criasse um fundo para revitalização destes espaços abandonados por todos os cantos. Além de servir ao esporte, poderiam sediar eventos de todos os tipos. Um caminho importante para atender demandas do povo, melhorar a autoestima e a saúde de todos, especialmente dos jovens e idosos. Fica a dica para nossos governantes e legisladores. Quem sabe um dia acontece.