Matemáticos da política mineira avaliam que a manutenção do nome do deputado estadual Bruno Engler (PL), como pré-candidato à Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) no próximo ano, inclusive com apoio declarado do fenômeno de votos, o parlamentar federal Nikolas Ferreira (PL), pode atrapalhar o projeto do atual presidente da Câmara de Vereadores, Gabriel Azevedo.
Basicamente, todos eles estão no campo ideológico de centro-direita, tendo como referência o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o governador Romeu Zema (Novo). O fato é que não é uma tarefa tão fácil conquistar os mais de dois milhões de eleitores da capital mineira.
Quem tem a pretensão de entrar nessa empreitada, com a finalidade de receber uma certa proteção do governador, é o senador Carlos Viana (Podemos), embora não tenha conquistado, até então, qualquer espaço neste sentido.
Paulo Brant no páreo
Belo Horizonte precisa de um nome com reconhecida capacidade gerencial para desenvolver grandes projetos estruturais e de cunho social. Esse perfil é do ex-vice-governador Paulo Brant (PSB), segundo avaliação de muitas lideranças políticas, com as quais Brant tem conversado, traçando um pré-projeto a ser oferecido aos belo-horizontinos no momento oportuno.
Enquanto isso, o prefeito de BH, Fuad Noman (PSD), continua trabalhando com vistas a propalar o seu nome de maneira mais enfática. Até porque, uma média de 80% da população da cidade reconhece o bom trabalho da Prefeitura, na contramão desta realidade, o nome do chefe do Executivo não galga esse mesmo percentual de popularidade. Aos amigos mais próximos, Fuad tem dito que sua possível candidatura à reeleição está atrelada a respostas a serem dadas, como administrador. Se entender que os cidadãos enxergam positivamente suas ações, poderá se colocar à disposição dos eleitores. Mas tudo vai depender da situação no próximo ano.
A sucessão em BH tem sido tema de discussão em alguns cenários significativos, inclusive em mesas privilegiadas do Palácio do Planalto. Os petistas não querem deixar transparecer a ideia de que não terão candidato. Assim, Brasília está de olho não só na capital mineira, mas também em várias cidades pelo Brasil. Em determinados casos, podem até caminhar para alianças, no entanto, a orientação é lançar o maior número de candidatos possíveis, desde que os escolhidos sejam competitivos.
Tanto faz se as disputas acontecerão em terras mineiras ou em outros pontos do país. Uma situação preponderante é que os candidatos com mais engajamento nas redes sociais, certamente, terão capacidade de convencer os eleitores, especialmente, os mais jovens. Neste sentido, os denominados políticos analógicos, podem e devem colocar as suas barbas de molho.